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Enviada em: 08/08/2019

Segundo a Diretoria Geral de estatísticas do Brasil, no início no século XX cerca de 74,6% da população brasileira era analfabeta. Toma-se conhecimento, que somente depois da 2ª Guerra Mundial com a Revolução Industrial Informacional o quadro se transformou em estatísticas favoráveis, com o avanço da informação e do conhecimento através da tecnologia. Entretanto, apesar de avanços notórios a inclusão da internet na vida das pessoas não se distribui de forma homogênea e o descontrole do sistema educacional na internet torna à transmissão do conhecimento incompleta.            Convém ressaltar que, o Brasil é grande palco do crescimento da desigualdade social. Prova disso, está certamente no setor educacional de qualidade que atinge somente os indivíduos que possuem condição de custear um ensino efetivo. Nesse contexto, foi criado o ensino a distância, famigerado EAD, que tem como grande vantagem o barateamento do ensino online e a flexibilidade para com o usuário. Todavia, a difusão desse conhecimento exige contato direto com o acesso à internet, o que é pouco visto nas regiões periféricas do país. Em outras palavras, os indivíduos que não possuem condições financeiras para investir em uma internet de qualidade ou que moram em regiões afastadas do meio urbano, se limitam ao “conhecimento democrático” que a internet possibilita. Ademais, a disparidade da expansão da internet só demonstra a desigualdade do acesso à informação, que segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, as áreas rurais apresentam 75,2% dos indivíduos que não utilizam à rede online.     Outrossim, a falta de seriedade dos cursos online com a educação e o descontrole das postagens que transmitem conhecimento superficial, prejudicam a busca pelo desenvolvimento educacional permanente. Nessa ótica, as pessoas que buscam instrução através da internet se deparam com inúmeros conteúdos errôneos e incompletos, que levam ao conhecimento passageiro e vago. Exemplo disso, são os vídeos educativos da plataforma Youtube que podem ser postados por profissionais ou não, e infelizmente atingem a grande massa dos usuários, que, consequentemente, disseminam esses conteúdos.    Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para que à internet seja usada de forma eficiente na educação. Em primeiro plano, é de suma importância que os governadores com seus profissionais especializados de cada Estado, repensem no planejamento dos investimentos nas periferias. Dessa maneira, realocando valores para estruturação e implantação de cabeamento nas áreas marginalizadas e disponibilizando acesso gratuito à internet para a população necessitária. De outra parte, o Ministério da Educação em conjunto com seus órgãos especializados em tecnologia da informação, formulem um sistema online de avaliação de conteúdos educacionais, que possam ser efetivos na eliminação da propagação de materiais infundados, para que, deste modo, os internautas possam interagir com o pleno e verdadeiro conhecimento.