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Enviada em: 21/04/2017

A primeira enciclopédia idealizada pelo filósofo francês Denis Diderot no período iluminista foi um marco para a humanidade. Pela primeira vez, todo o conhecimento filosófico, artístico e científico existentes até o presente momento estavam a disposição do público em geral. A rede mundial de computadores ocupa papel semelhante em nosso contexto atual, constituindo-se em uma importante ponte entre indivíduo e saber. No entanto, é indispensável perceber que nem todas as pessoas tem acesso ao mundo virtual, e as que o tem, por vezes usam de forma inadequada.           Em uma sociedade predominantemente capitalista, a desigualdade social é responsável por gerar disparidade na obtenção de bens, dos básicos aos supérfluos. Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas apontam que apenas 15% da população nos países mais pobres tem acesso à internet. O que destoa muito da realidade nas regiões mais desenvolvidos, em que este número chega a 81%.          É relevante notar, também, que o mal uso da web é um sério problema no mundo contemporâneo. Os crimes virtuais tem suas taxas gradativamente mais elevados ano a ano. Como no caso da invasão da Playstation Network em 2011, em que vários usuários tiveram seus dados pessoais e de cartão de crédito expostos na rede. Além disso, os discursos de ódio estão se multiplicando em vídeos, blogs e comentários em redes sociais. Influenciando muitas pessoas a se tornarem menos tolerantes e mais violentos.             Fica claro, portanto, a necessidade de realmente democratizar o acesso à internet e estabelecer políticas de uso seguro e consciente da mesma. Os governos devem investir em infra-estrutura para prover condições de acesso a rede mundial de computadores. Também é de responsabilidade governamental a fiscalização e punição de indivíduos que estejam praticando crimes no âmbito virtual através na criação de departamentos específicos nas policias para este fim. Desta forma, a enciclopédia moderna será moldada e polida por todos.