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Enviada em: 02/10/2017

As sucessivas Revoluções Industriais e a consolidação capitalista a partir do século XX promoveram a matematização do tempo, mas também uma nova forma de organização das sociedades. Nesse sentido, a internet, fruto do acúmulo tecnológico, deixou de ser a muito tempo, somente um meio de comunicação e hodiernamente atua também como meio de ativismo. Devido ao seu impacto positivo, as redes sociais propiciam mudanças ideológicas e democráticas.       Segundo Émile Durkheim, o indivíduo é mais que formador da sociedade, mas seu produto final. A exemplo disso, em 2011, o mundo árabe entre curtidas e compartilhamentos promoveu uma onda de protestos e revoltas, culminando na queda de quatro ditaduras que estavam em crise há anos. Primavera Árabe, nome dado à luta empreendida pelo povo, ocorreu devido à existência do espaço cibernético, abrindo as portas para a democracia.       Aprofundando a análise, desde o Iluminismo, já sabemos – ou deveríamos saber – que uma sociedade progride quando um se mobiliza com a causa do outro. Esse ideal iluminista, por intermédio das redes, é amplamente difundindo, pois ao tomar conhecimento de uma causa, milhões de pessoas instantaneamente ligam-se, organizando suas ações. No Brasil, por exemplo, em 2013, o movimento “Vem pra Rua” mobilizou milhões de jovens e, com isso, conseguiu a redução do preço das tarifas cobradas pelos transportes coletivos. Assim, retomando o pensamento de Durkheim, a atuação dos indivíduos nas redes sociais como forma de ativismo, não só consolida direitos, bem como, forma novos parâmetros sociais, tornando válida a afirmativa do sociólogo.       A organização dos cidadãos é, portanto, a melhor forma de garantir seus direitos. Em suma, seria conveniente, por meio de debates, a ampliação da noção de direitos numa ação participativa entre Estado e cidadão, ainda, utilizar a TV e rádio para mostrar a importância da organização entre os indivíduos como agentes formadores da sociedade. Ademais, nas escolas, abrir espaço para discussão e entendimento dos preceitos constitucionais e assegurar o acesso à internet, a fim de, tornar ainda mais sólido o ideário iluminista e, com a ajuda das redes, formar um ambiente democrático. PS: Senhor corretor, deixei essa mensagem aqui, pois não havia outro lugar para inseri-la na plataforma. O tema da redação é: "Redes sociais como forma de ativismo" e, portanto, esse foi o mais próximo disponibilizado. Muito obrigada.