Enviada em: 17/01/2018

Devido aos avanços tecnológicos houve a necessidade de compartilhar conhecimentos, com isso, através da internet, foram criadas diversas plataformas online com o objetivo de dessegregar pessoas e compartilhar informações. Apesar desse novo cenário trazer diversos benefícios sociais, como a facilidade de acesso a informação e a diminuição das barreiras geográficas, trouxe também malefícios, dentre os quais merecem destaque, a disseminação de informações sem embasamento e a liberdade de expressão sem limites éticos e morais.       Sabe-se que a troca de informações atualmente é extremamente rápida, despendendo-se apenas de poucos instantes para uma mensagem atravessar o mundo, tal facilidade é responsável pelos avanços tecno-científicos e educacionais cada vez mais rápidos que vivenciamos. Um bom exemplo de uso sensato dessa tecnologia é o método EaD (Educação a Distância), usado para difundir amplamente o ensino independente de distâncias geográficas, tal metodologia vem se mostrando altamente eficaz para aumentar os níveis de escolaridade social. Além disso, os blogs, fóruns e sites de busca online são capazes de sanar em poucos segundos praticamente qualquer dúvida que uma pessoa possa ter. Assim, a internet continua a seguir o lema do manifesto que diz que "a informação quer ser livre".       Por outro lado, como já dizia Umberto Eco, as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, sem causar danos à coletividade. No vasto mundo da internet existem diversos "doutores sem diplomas" em todas as áreas do conhecimento, cheios de convicções, muitas vezes errôneas ou imprecisas, esses indivíduos difundem suas "verdades inexoráveis" de maneira insensata, dessa forma, contribuindo para a desinformação. Vale ressaltar também, que mesmo com a conquista do marco civil da internet, os limites tênues entre liberdade de expressão, brincadeiras maldosas e ofensas ainda não são bem definidos no ambiente virtual, coonestando assim a discriminação, o cyberbullying como também o preconceito.       Como se vê, mesmo com as diversas vantagens que a democratização da informação nos propicia, ainda existem grandes intempéries a serem resolvidos. Mas nem por isso devemos desanimar da perspectiva de solução. Dessa forma, os usuários da rede devem denunciar e exigir penas mais severas para àqueles que cometerem abusos. Somado a isso, a sociedade precisa agir de maneira responsável em relação à conscientização das novas gerações sobre o uso da internet. Logo, uma autocrítica por parte de todos —mídia, família, pais, educadores— é o caminho por onde devemos começar.