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Enviada em: 20/01/2018

A Constituição Federal assegura a todos o direito à educação. Com o avanço das tecnologias e o crescente acesso à internet, a garantia desse direito adquire mais opções, tais como novas modalidades de ensino. Entretanto, aspectos que fomentam o cenário desigual, no Brasil, vão de encontro à possibilidade de tornar o conhecimento democrático. Segundo a ONU, o Brasil é considerado um dos países mais desiguais do mundo - o décimo. Com efeito, a má distribuição de recursos é identificada em toda extensão territorial, no qual é evidente o contraste entre as regiões ricas e pobres. Nestas últimas, a aquisição de conhecimento é limitada, em geral, pela insuficiência de escolas ou pela inexistência de bibliotecas públicas, como ocorre em diversas cidades nordestinas. Convém mencionar que, devido ao baixo poder de compra, muitas populações não possuem as modernas tecnologias. Embora o número de internautas brasileiros tenha crescido, de acordo com dados recentes, o acesso à internet ainda é centralizado. Diante disso, depreende-se que o isolamento regional e a baixa renda corroboram esses dados porquanto há carência de prestadores de serviços, sobretudo em zonas rurais, além de muitos indivíduos não possuírem condições para comprar um computador, por exemplo, o que contribui para uma segregação digital e prejudica o ingresso na Educação à Distância (EaD), que para eles significa uma oportunidade de ascender socialmente.  Consoante Paulo Freire, filósofo brasileiro, sem a educação é impossível haver mudanças na sociedade. À vista de tal preceito, nota-se a importância da internet como ferramenta aliada à promoção dessas mudanças. Logo, compete ao Estado, junto às instituições privadas, desenvolver políticas com o objetivo de expandir e de homogeneizar o acesso à internet e, portanto, à EaD. Sendo assim, haverá inclusão digital e difusão democrática de conhecimento paralela à mitigação da desigualdade no país.