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Enviada em: 02/06/2018

A série Americana ‘’13 reasons why’’, produzida por Brian Yorkey, narra os motivos do suicídio da personagem Hanna Backer. Uma dessas razões foi o vazamento de fotos comprometedoras nas redes sociais em que muitas pessoas passaram a ridicularizá-la, análogo a isso, no Brasil milhares de ‘’Hannas’’ são agredidas diariamente na internet com xingamentos e comentários depreciativos. Ora, ao passo que a internet fomenta a comunicação, ela torna-se palco de ofensas e afrontas.       Nessa perspectiva, a falsa sensação de impunidade promovida pelo anonimato na internet corrobora para o aumento dos casos de cyberbullying. Conforme o pensamento do poeta Ivan Teorilang, a impunidade é o incentivo contundente para a prática do crime. Nessa lógica, muitos usuários criam perfis falsos na certeza que não serão punidos e nem descobertos, assim propagam discursos de ódio, difamações, divulgação de fotos ou documentos íntimos com o objetivo de denegrir a imagem da vítima. Segundo a pesquisa, ONG Plan Brasil, 17,7% dos jovens já praticaram o cyberbullying. Desse modo, enquanto essa impunidade prevalecer, vai sobrepor a hostilização e intolerância no mundo virtual.        Ademais, outro grande impulsionador dessa violência é o espectador que atua como plateia ativa, rindo ou reforçando a agressão. Na maioria dos casos não é reconhecido como o agressor, porém é fundamental para dar continuidade à essa prática, visto que alguns compartilham as mensagens ou fotos, tornando-se corresponsável. Por conseguinte, a vítima pode desencadear depressão, baixa autoestima, piora no desempenho escolar e até cometer o suicídio. Dados do site G1 comprovam que o bullying virtual causam sérios problemas de saúde e socialização, uma vez que 28% dos agredidos apresentaram sinais de depressão. Logo, a polícia especializada em crimes virtuais deve investigar e buscar punição não somente ao agressor, mas também ao conivente, com a finalidade desse ato covarde não ser uma realidade na sociedade.       Transformar, portanto, esse retrato de discurso de ódio e agressões virtuais, requer que as escolas, por meio de palestras, debates e reuniões em grupos entre professores, psicólogos, pais e alunos trabalhem no sentido de conscientizar os jovens sobre a importância de respeitar e proteger a dignidade dos outros. Ainda, cabe as redes sociais como Facebook e Twitter, a criação de plataformas digitais de monitoramento para averiguar se o conteúdo publicado possui xingamentos ou fotos ilícitas, com o intuito de diminuir a quantidade de postagens que denigre a moral da vítima. Dessa forma, outros indivíduos terão destino diferente da personagem Hanna Backer.