A construção de uma sociedade livre,justa e sem preconceitos é assegurada pela Constituição Federal de 1998.Porém,ainda persistem situações discriminatórias que propagam discursos de ódio nas redes sociais.Nesse contexto,deve-se analisar como a impunidade no espaço digital e a disseminação de conteúdos danosos à coesão e ao equilíbrio social corroboram para persistência de tais práticas na nação. Em primeira análise,é evidente que com a chegada da internet e a facilidade de acesso aos meios de comunicação proporcionaram novas ferramentas para perpetuação de ideologias intolerantes.Dessa forma,a possibilidade de anonimato e a errônea crença de que a legislação não se aplica às posturas online estimulam muitos indivíduos a expressarem pensamentos preconceituosos,ferindo a declaração universal dos direitos humanos que visa garantir a base do respeito à dignidade humana,adotada em 1946,pela Organização das Nações Unidas.Como consequência,o ambiente virtual é permeado por ideários racistas,misóginos,homofóbicos,os quais são inadmissíveis aos Direitos Humanos e a Constituição Federal de 1998. Ademais,atrelada a sensação de impunidade no espaço digital,a rápida propagação de conteúdos e às dificuldades para removerem tais conteúdos do âmbito cibernéticos ampliam,sobremaneira,os efeitos nocivos das falas discriminatórias.De acordo com o conceito de “banalidade do mal”,proposto pela filosofá Hannah Arendt,a pior maldade deriva da irreflexão.Sobre tal ótica,práticas cotidianas e aparentemente inofensivas,como curtidas e compartilhamentos de postagens relacionadas ao”cyberbullying”,por exemplo,são extremamente prejudicais e encorajam à persistência de tais ações. Por consequência disso,para combater a problemática,é imperativo repensar comportamentos diários e ficar atentos ao curtir e compartilhar conteúdos nas vias digitais,visando que certas publicações maldosas podem reprimir alguém,podendo levar a problemas psicológicos e em casos extremos levar ao suicídio como correu com Amanda Todd que não resistiu a pressão e se enforcou em 2012. Por tudo isso em um primeiro momento,as corporativas responsáveis pelas redes sociais cabe elaborar mecanismo de denúncia, além de contratar funcionários para monitorar as postagem irregulares e retirá-las de circulação,a partir disso,as vítimas teriam um sistema rápido e eficiente para recorrerem.Em um segundo momento,o Ministério da Justiça poderia criar delegacias e centros de investigações especializadas em crimes virtuais,a fim de minimizar as ocorrências e evitar a impunidade.Por fim,compete a mídia promover campanhas socioeducativas na tv, com o intuito de alertar a população.