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Enviada em: 28/09/2018

Inquietude social   Com a aproximação do período de eleições, que é o que ocorre nesse exato momento, há uma tendência para o aumento da cultura do ódio nas redes sociais. Isso ocorre, decerto, por conta de muitas pessoas enxergarem nesses meios de comunicação uma oportunidade para expor, de forma repressiva, seus ideais políticos, haja vista a fiscalização ainda insuficiente existente nesses meios, além da ausência de processos educacionais para o meio digital.    A priori, há de se destacar o papel exercido pela internet, sobretudo nas últimas duas décadas, na vida das pessoas que a ela possuem acesso, funcionando, dessa forma, como uma extensão de suas vidas para o meio digital. Portanto, assim como no plano físico, no plano digital também é necessária uma educação civilizadora. A inexistência dessa provoca, consequentemente, a falsa impressão, por parte da população, da internet como um meio onde não existe moralidade.    A posteriori, é necessário frisar o aderimento do bullying, já existente no plano físico, à internet, após a popularização dessa. Assim sendo, as ofensas digitais, que ocorrem, em sua maioria, entre adolescentes – constituem a maior parcela dos que acessam a internet, segundo recente pesquisa do IBGE – ganham um espectro mais amplo do que o já existente. Tudo isso, por conseguinte, passa a se configurar como uma importante inquietude social do século XXI, o que é proposto pelo renomado filósofo do século XIX, Karl Marx.    Destarte, a transformação da internet em aliada populacional deve ocorrer, em primeiro plano, a partir da criação, por parte do Poder público, de iniciativas fiscalizadoras digitais, por meio de parcerias com instituições tecnológicas privadas já existentes, possibilitando, assim, um maior controle da rede digital. Em segundo plano, é válida a ação do Ministério da Educação e Cultura de educar, por meio de palestras em salas de aula, todo o contingente estudantil acerca da utilização correta da internet. Retomando o argumento de Karl Marx, deve-se instigar, então, aquilo que é chamado de locomoção da sociedade a partir de inquietudes da mesma.