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Enviada em: 02/11/2018

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável, e cabe a ele escolher seu modo de agir. No entanto, nem sempre esse modo de agir está voltado para o bem comum, o que se reflete nos crimes de ódio e cyberbullyng na rede. Dessa forma, surge a problemática dos riscos ao utilizar a internet, que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela pela alta exposição do ser nas redes, seja pela insuficiência de orientação de uso coerente dessa tecnologia.          É relevante abordar, primeiramente, que a internet não é perigosa em si, e sim a alta exposição que o indivíduo faz nela. Através das redes sociais, como por exemplo: Facebook, Twitter e outros, foi possível ampliar as comunicações humanas, suprindo as distâncias geográficas entre pessoas e até grupos. Entretanto, o ambiente virtual exige uma série de cuidados e limites que não estão muito claros, nem para os jovens, que são a maioria dos usuários, nem para os pais e professores, que devem orientar para utilização desses grandes meios de comunicação de forma segura e correta. Tal realidade revela que jovens postam fotos ou filmes mais ousados e o anonimato nas redes sociais estimula as pessoas a ofenderem umas às outras, tornando, assim, a internet um ambiente perigoso propicio para o aumento da violência (física, verbal, psicológica).        Deve-se abordar, ainda, que segundo a ONG Rainbow Phone, o Brasil é um dos quatro maiores polos de divulgação de pornografia infantil. Casos relatados cotidianamente evidenciam os problemas causados por conta de imagens ou posts publicados por outras pessoas. Além disso, determinadas ações acabam fazendo com que indivíduos evitem sair de casa, falar com alguém ou ir à escola/trabalho por algum problema surgido na internet, como o cyberbullying. Observa-se, portanto, que é importante mostrar os riscos existentes na utilização das redes sociais e ensinar que os jovens criem seus filtros, evitando, dessa forma, a disseminação de ódio e o bullying na rede. Assim, será possível que lidem com essas situações de uma forma mais responsável, tornando a internet um ambiente seguro para discussão e divertimento.       É imprescindível, portanto, a alteração desse cenário preocupante. Destarte, cabe ao Legislativo a criação de uma lei que vise punir adequadamente os praticantes do discurso de ódio e cyberbullying nas redes, instaurando uma investigação. Ademais, por meio de uma parceria com núcleos tecnológicos e a mídia, o Governo pode desenvolver canais de denúncias anônimas que servirão como mapeamento e monitoramento desses indivíduos. Outrossim, o Estado deve promover, por meio do processo educacional, uma forte conscientização dos alunos a respeito da natureza e das implicações da liberdade de expressão, Assim, poder-se-á transformar a internet em um ambiente seguro.