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Enviada em: 25/10/2018

A internet faz papel de vilã no que tange à existência de crimes de ódio configurados pelo cyberbullying. Primeiro, devido ao anonimato, uma vez que desencadeia ofensas graves. Segundo, porque alcança proporções muito maiores se comparadas ao mundo real.          Inicialmente, a internet torna-se vilã porque proporciona alcance imprevisível tanto para quem pratica o crime de ódio tanto para quem sofre os ataques. É nesse viés que a intenção maldosa dos ataques se proliferam, pois a humilhação da vítima, seja por vingança ou prazer, toma dimensões muito maiores, como é ilustrado pelo filme nacional "Ferrugem" que retrata o sofrimento de uma jovem, após ter seu vídeo íntimo compartilhado milhares de vezes na internet até sucumbir à pressão e retirar sua própria vida. Dessa forma, é fundamental a atuação do Ministério da Educação diante dessa questão.          Posteriormente, o anonimato na rede mundial de computadores permite que o usuário assuma várias identidades. Isso significa que perfis falsos são usados para ofender, humilhar e difamar a vítima, uma vez que não serão identificados instantaneamente por quem sofre os ataques e poderão atuar sem limites. Prova disso é a pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a qual aponta que 20% dos jovens já praticaram o cyberbullying porque não seriam identificados. Nesse sentido, as famílias devem intervir diante desse problema.                  Portanto, é indubitável que a internet é o cenário que agrava os crimes de ódio, representados pelo cyberbullying. Dessa maneira, o Ministério da Educação deve levar aos funcionários das escolas, aos familiares e aos alunos palestras e debates, com sociólogos e psicólogos, que instruam sobre as consequências do cyberbullying na realidade da vítima objetivando reduzir esses casos. Além disso, cabe à família instruir seus filhos, através do diálogo, sobre o respeito às diferenças, bem como sobre os efeitos desses discursos de ódio para a vítima. Assim, a internet poderá ser utilizada de forma mais humana e justa.