A internet como vilã: crimes de ódio e cyberbullying na rede A internet não é exclusiva à contemporaneidade: surgiu em plena Guerra Fria, com objetivos militares e como meio alternativo de comunicação entre os norte-americanos. Com o advento do uso de tecnologias como celulares e computadores, o bullying expandiu-se também a esses meios, o que torna necessária a tomada de decisões para resolver a questão. Primeiramente, a problemática do cyberbullying consiste na utilização do virtual como meio difusor de ameaças, difamações e violência psicológica. Suas consequências são ainda mais amplas se comparadas às de intimidações presenciais, pois, além dos agressores poderem expressar-se anonimamente, pessoas em qualquer lugar do mundo podem ter acesso ao conteúdo publicado e, ainda assim, não fazer nada a respeito. Como as vítimas não são capazes de ver ou identificar quem as agride, segundo pesquisadores, "é mais provável que se sintam isoladas, desumanizadas ou impotentes no momento do ataque". Ademais, um estudo realizado no Brasil com 507 crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos aponta que 66% deles já presenciaram casos de agressão nas redes sociais. Isso demonstra como não há uma fiscalização do conteúdo publicado, o que permite que insultos e ameaças continuem a ser propagados e os agressores permaneçam impunes. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Governo Federal deve criar uma ouvidoria pública que registre as denúncias de bullying virtual e a existência de perfis falsos, a fim de punir os responsáveis conforme a lei. Além disso, segundo o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim, o MEC deve realizar reuniões nas escolas com a presença de vítimas que falem a respeito dos impactos que as intimidações tiveram em suas vidas, com o fito de conscientizar a população jovem e amenizar o cyberbullying presente no Brasil.