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Enviada em: 22/03/2019

No filme "Cyberbullying" a adolescente Taylor ganhou um computador de aniversário e ao criar uma rede social ela passou a ser vítima de brincadeiras de mau gosto, que levam a jovem a sofrer bullying virtual. Para além da ficção, o cenário da obra também é vivenciado na realidade, aonde, constantemente, as pessoas são vítimas do cyberbullying, seja pela ineficácia da leis, seja pela omissão escolar.    É indubitável que a questão da constituição e sua aplicação estejam as causas do problema. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível que, no Brasil o cyberbullying e o crime de ódio rompe com essa harmonia, haja vista que, embora a Lei Carolina Dieckmann tenha sido um grande progresso em relação a proteção dos usuários, há brechas que permitem a ocorrência de crimes, como as vítimas que são intimidadas e deixam de denunciar. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço para combater a problemática.    Outrossim, ressalta-se a negligência das escolas como impulsionadora da problemática. Isso acontece porque o modelo pedagógico vigente, que, ao invés de ensinar valores éticos e morais básicos que devem nortear todas as relações interpessoais, ensinam apenas conteúdos que serão abordados em teste avaliativos. De acordo com o Advogado e Filósofo Ricardo Barradas, a modernidade sem valores éticos e morais é cada vez mais violenta. Isso comprova a persistência do cyberbullying no Brasil, tendo em vista que os jovens vão para a escola com um único objetivo: apreender conteúdos que vão aplicá-los em provas.       Portanto, com o objetivo de atenuar o problema e evitar que mais pessoas continuam sendo vítimas do cyberbullying, cabe ao Governo Federal criar delegacias especializadas nessa forma de agressão, por meio do alinhamento com a esfera estadual e municipal. A fim de que as vítimas tenham mais liberdade para denunciar os agressores, visto que tais delegacias abordarão, principalmente, vítimas de agressões virtuais. Além do mais, é dever do Ministério da Educação (MEC) e de pedagogos reformular o currículo do ensino fundamental e médio. Tal reforma deverá incluir na grade horária escolar, a disciplina de ética e cidadania, que ensinará valores éticos e morais. Assim, as pessoas passarão a ter mais respeito com o próximo nas redes sociais.