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Enviada em: 26/03/2019

A internet, rede digital criada em plena guerra fria para fins militares, é nos dias de hoje uma plataforma responsável pela democratização da informação. Conquanto, muitos abusam das possibilidades oferecidas pela rede. Black mirror, série que ilustra como a tecnologia afetas vidas, aborda a exposição do coletivo às redes sociais e como a mídia controla a privacidade individual.   O cyberbullying, violência praticada a alguém através da internet, torna-se muitas vezes uma versão intensificada do próprio bullying. Segundo o Estadão, uma em cada quatro crianças já sofreu ofensas na internet. Tais insultos podem desencadear severas mudanças comportamentais, além de problemas psicológicos no indivíduo. A depressão, forte transtorno de humor, aparece como grande vilã das novas gerações, além do mais há muito preconceito e desinformação acerca da doença.   Faz-se mister, ainda, salientar a percepção da internet como metáfora para uma terra sem leis na cabeça de muitos. A pornografia de revanche, o compartilhamento de conteúdo sexualmente explícito online sem o consentimento do parceiro por uma pessoa de confiança, tem como principal objetivo causar humilhação e desgraça à vítima, essa regularmente vista pela sociedade como a culpada pelo acontecimento. Dessa forma, crimes como a difamação tornam-se corriqueiros e são perpetuados.    Destarte, urge que o Ministério da Educação haja sobre as escolas levando palestras e entrevistas às salas de aula por meio de maciços investimentos na interação entre profissionais de saúde mental e jovens. Ademais, a mídia pode ajudar com campanhas na TV e na internet, outrossim conscientizando as famílias sobre os danos que agressões virtuais podem gerar na vítima. Como o filósofo Sartre ilustra: "A violência, seja qual for a maneira como se manifesta, é sempre uma derrota." Espera-se com tais medidas alcançar uma sociedade harmônica e justa.