Materiais:
Enviada em: 10/06/2017

Rede mundial de computadores: do anonimato ao crime.           A internet trouxe consigo uma interatividade e capacidade de comunicação anteriormente inimagináveis, o que possibilitou ao homem conhecer o mais amplo conceito de globalização. O fato é que junto à interação social proporcionada, os comportamentos e ações do homem em relação aos demais indivíduos de sua própria espécie, surgem nesse meio, que por indefinição de leis específicas, possibilidade de anonimato e impunidade, possibilita a propagação de crimes que vão de um simples caso de calúnia aos mais assombrosos casos de pedofilia e discriminação.               Em 2016, casos frequentes desses tipos de crime demonstraram a facilidade com a qual os delitos são cometidos e a ainda ineficiente capacidade da justiça brasileira de investigar e julgar tais casos. Um exemplo disso ocorre quando em exercício de sua profissão, a jornalista da Rede Globo, conhecida como "Maju" sofre uma série de ataques racistas em sua página na rede social Facebook, que conforme investigação da polícia especializada em crimes cibernéticos , foi provocada por uma organização criminosa, que provocava em massa delitos do tipo nas mais diversas redes sociais, blogs e sites da internet.                  No entanto, é preciso observar que as redes sociais já vêm criando métodos específicos com o objetivo de combater essa problemática, como uma intensa busca e exclusão de contas individuais e páginas que cometam atitudes criminosas, além do auxilio nas investigações policiais e judiciais, essas que têm se especializado em identificar através dos endereço de IP, que permite a efetiva localização do equipamento eletrônico do qual se promoveu o crime, identificando os suspeitos que se escondem no anonimato da rede. Porém nota-se que ainda que haja o esforço coletivo da polícia e das redes sociais na prevenção e punição, a prática de atos criminosos na internet permanece ativa e se mostra cada vez mais recorrente .               Nessa perspectiva, tendo em vista os argumentos supracitados, deve o Ministério Público promover junto a Polícia Federal, a criação de uma ouvidoria pública online específica para denúncias de possíveis crimes em rede, que permita com que o usuário faça o anexo de provas de delito, a fim de que o crime possa ser investigado. Ademais, cabe às Secretarias de Segurança Pública, o desenvolvimento de campanhas publicitárias e palestras nos colégios e universidades, evidenciando os meios pelos quais se pode denunciar esse tipo de crime, tendo em vista que é nesse meio que os crimes em rede e o cyberbullying  são mais frequentes.