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Enviada em: 04/07/2017

A internet surgiu durante a Guerra Fria e começou a popularizar-se por volta da década de 1990. A rede mundialmente conectada fornece uma infinidade de benefícios, uma vez que democratiza o acesso à informação além de facilitar a comunicação de modo geral. Todavia, as redes sociais, assim como outras mídias relacionadas, têm sido espaço para a difusão do discurso do ódio e da violência virtual. Nesse viés, percebe-se a ocorrência desses fatos porque esses ambientes propiciam o anonimato, o que faz com que os agressores considerem tais espaços como uma terra sem leis.       Cada vez mais a Internet concentra em seu conteúdo discursos de ódio explicitamente criminosos que incitam severas discriminações. Essas agressões se apresentam na forma de publicações e comentários ofensivos contra mulheres, negros, homossexuais, dentre outros. Tendo em vista esse contexto, tais práticas ocorrem, na maioria das vezes, sob a face de perfis falsos, facilmente construídos no Facebook ou Instagram. Eventos como esses vão contra as liberdades individuais, além de violarem a igualdade de direitos e a inviolabilidade asseguras pelo artigo V da Constituição Brasileira.       Outra prática que têm se tornado comum é o “cyberbullying”, o qual se apresenta como uma violência de cunho psicológico. Essa espécie de “bullying" virtual se dá por meio de ameaças de morte, publicação de informações íntimas como fotos ou documentos e comentários direcionados a características pessoais com o objetivo de denigrir a imagem da vítima e afetar sua autoestima. Ao contrário do que muitos pensam, o "cyberbullying" não é inferior ao "bullying" convencional uma vez que os danos são igualmente graves. Assim como ocorre com os crimes de ódio, no caso em questão, o agressor nem sempre, ou quase nunca, é identificado, uma vez que é possível manter-se anônimo no mundo virtual. Desse modo, a falta de fiscalização e a consequente impunidade permitem a continuidade desse tipo de hostilidade.        Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas as quais visem mitigar os problemas expostos. Para tanto, é imperativo que instituições de ensino e ONG's promovam debates sobre a importância do respeito mútuo por meio da inserção de temas afins nas disciplinas de Filosofia e Sociologia com vistas a assegurar o respeito à diversidade. Além disso, o governo federal deve criar setores especializados nas delegacias de polícia civil que recebam e investiguem denúncias desse tipo de delito com o intuito de combater a impunidade.