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Enviada em: 10/07/2017

Paradoxo da globalização        Consolidada por meio do emprego da tecnologia no sistema de informações e comunicação, a globalização apresenta contradições marcantes quando se trata de seus benefícios. Esses avanços tecnológicos, ao promoverem uma maior inclusão digital, possibilitaram um aumento exponencial de injúrias e ofensas por meio da internet, transformando o cyberbullying uma problemática que se encontra intrinsecamente ligada à realidade do país. Com isso, é preciso entender suas verdadeiras causas para pautar soluções.         Em primeiro plano, nota-se que uma das principais características da humanidade é sua necessidade de socializar. Devido à isso, o poder de alcance, concedido pela atual Era digital, torna-se um aliciador, vide o crescente índice de pessoas conectadas. Logo, tendo em vista que a internet é um mundo "sem limites", os danos e as repercussões perpetrados pelo cyberbullying, além de serem mais abrangentes, se tornaram passíveis de impunidade, por conta do privilégio ao anonimato e da distância física entre os usuários.               Em consequência isso, há uma ampla possibilidade de o uso da violência passar a ser inerente como maneira de resolver conflitos gerados pela convivência social. O bullying virtual possui a capacidade de desencadear na vítima sentimentos de inferioridade e insegurança, o que pode desenvolver-se em uma revolta direcionadas seja para as pessoas que a rodeiam, seja para si mesma. Assim, observa-se que essas intimidações sistemáticas podem agir como um agente modificador psicologicamente e comportamentalmente, fazendo valer a máxima de Jean-Paul Sartre: "o homem é fruto do meio em que está inserido".             Torna-se perceptível, por conseguinte, que o acesso cada vez mais difundido à rede mundial de computadores propiciou a disseminação de agressões virtuais. Portanto, para modificar tal cenário, o Governo Federal deve elaborar um plano seja de implementação de novas delegacias especializadas em crimes cibernéticos, seja de investimento na capacitação de profissionais e aumento no rigor das penas, com o objetivo de aprimorar os métodos de combate à essa forma de infração. Ademais, a aplicação de campanhas de abrangência naciona,l junto às emissoras de TV aberta, que denotem como evitar ser tanto o agredido, quanto o agressor são fundamentais para que haja uma conscientização em massa sobre esse tópico. Dessa forma, quem sabe, os efeitos desse paradoxo da globalização possam ser gradativamente mitigados.