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Enviada em: 03/08/2017
Desde o advento da Revolução Industrial, o mundo vem demasiadamente priorizando os bens materiais em detrimento dos valores humanos. Com isso, a tecnologia evoluiu ao passo de tornar-se um grande paradoxo universal. A internet é um exemplo desse avanço que também segue o mesmo dilema, apresentando características que a torna uma arma nas mãos daqueles que não sabem utilizá-la. É válido apontar, antes de tudo, que embora a internet seja muito útil para a geração moderna, ela representa uma ameaça. Pois, possibilita aos usuários uma "liberdade de expressão" que muitas vezes é mal interpretada e ultrapassa os direitos do outro. Isso acontece em virtude de uma falsa sensação de anonimato e proteção possibilitada pelo ambiente digital. No qual, por apresentar uma distância entre o interlocutor, as pessoas sentem-se encorajadas e passam a perpetuar os discursos de ódio na rede, causando danos à integridade moral da vítima. Além da sensação de impunidade promovida por esse recurso tecnológico, a agilidade e o alcance da internet contribuem para que ela se configure como uma grande vilã. Tendo em vista que estes fatores promovem a dissipação em larga escala de comentários maldosos que são compartilhados por pessoas conservadoras e incapazes de aceitarem opiniões e atitudes contrárias aos seus preceitos. Como ocorreu, recentemente, com a jornalista global Maria Júlia Coutinho, vítima de comentários racistas. Desse modo, a internet facilita agressões cibernéticas espalhando ofensas tanto racistas, quanto xenofóbicas, homofóbicas, machistas e outros. A internet, portanto, pode ser uma malefício social. Por isso, é dever do Estado em parceria com o Comitê Gestor da Internet, no país, proteger os usuários da rede, criando campanhas de combate e fiscalização à violência cibernética. Ademais, impor leis mais rígidas e punições mais severas para esses crimes. Assim como, investir na educação, capacitando pais e professores, no intuito de formar seres comprometidos com o bem social.