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Enviada em: 08/08/2017

Desde a década de 1990, com a origem da internet, a comunicação entre pessoas ficou mais rápida e eficiente. O cyberbullying mostra que a mesma, em mãos erradas, pode ser utilizada como um meio para denegrir a imagem do outro, tornando-se pior que o bullying normalmente praticado, visto a capacidade de ampliação de informações como consequência do avanço tecnológico.  Apesar de, na maioria das vezes, não haver agressões físicas - e, por isso, por muitos ainda é visto como menos danoso -, o bullying virtual costuma trazer consequências árduas e preocupantes às vítimas, como depressão, dificuldade de socialização e, em casos piores, suicídio. Isso se dá porque, com a internet, o espaço do medo é ilimitado: antes, as agressões ficavam restritas a apenas um ambiente; contudo, no espaço virtual, as constantes humilhações perseguem a vítima a qualquer hora e em qualquer lugar. Os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando-as.  Somado a isso, a tecnologia permite que, na maioria dos casos, seja bastante difícil identificar o agressor, o que aumenta a sensação de impotência. Além disso, o efeito multiplicador de imagens, mensagens e outros faz com que o grupo de agressores passe a ter muito mais poder. A plateia também tem um papel fundamental na continuidade do conflito: tornam-se corresponsáveis quando retransmitem imagens ou calúnias acerca de alguém e incentivam o autor do crime a continuar debochando de seu alvo. Nota-se, portanto, a urgência de fomentar mecanismos que garantam a diminuição do número de vítimas. Para isso, faz-se necessário que o Governo, em parceria com a mídia, divulgue, por meio de campanhas e propagandas, os efeitos negativos dessa prática tão cruel. Vale pontuar ainda que a escola pode dar mais ênfase à conscientização da juventude quanto ao assunto por meio de palestras e momentos de debate entre alunos, a fim de prepará-los para exercer práticas éticas, tanto no espaço virtual como real, pois somente assim poder-se-ia amenizar este problema.