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Enviada em: 31/08/2017

Discursos de ódio, divulgação de fotos e vídeos íntimos, calúnias e práticas preconceituosas. Essas são as ações que configuram o Cyberbullying, um tipo de violência virtual que vem se tornando recorrente e que precisa ser combatido, para que a internet se torne um local seguro. Dessa forma, é válido analisar as consequências desses crimes para os internautas, como também o motivo da prevalência dessas práticas criminosas na internet.        A princípio, as consequências dos crimes virtuais são inúmeras para os indivíduos, visto que, segundo a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, essas ações causam transtornos psicológicos, que vão desde ansiedade e depressão, assim como, constrangimentos, isolamento social e suicídio. Sendo os casos de suicídios os que mais preocupam a sociedade, haja visto, o alto índice de jovens que tiram a própria vida, logo após  a exposição de suas privacidades. Sendo assim, isso reforça o pensamento de Jean- Paul Sartre de que a violência seja qual for a forma é sempre uma derrota, nesse sentido, as vítimas, os familiares e a sociedade sofrem com os resultados do cyberbullying.       Ademais, apesar da aprovação da Lei Carolina Dieckmann, a qual visa combater crimes cometidos nas redes de informática, ainda são muitos os casos desse tipo de violência. Uma vez que, os usuários das páginas virtuais, acabaram por desenvolver a sensação de liberdade abusiva,qua os leva a cometer atos sem se preocuparem com as consequências. De fato, isso demonstra que há o desconhecimento dessa nova legislação por parte desses seres, pois falta uma maior divulgação por parte das mídias e do Governo, sobre  como a lei funciona e seus benefícios, além do mais, existe também uma carência de delegacias físicas e virtuais, com policiais e funcionários especializados no assunto.          Ante o exposto, para atenuar essas situações, faz-se necessário que o Governo Federal em parceria com as esferas Municipais e Estaduais promovam recurso para a construção de salas especiais em delegacias da Polícia Militar, as quais devem funcionar na forma presencial e virtual com profissionais especialistas em  crimes cibernéticos para atender as vitimas em um ambiente adequado. Aliado a isso, as Organizações não governamentais em parcerias com escolas, igrejas e união de moradores dos bairros, devem promover palestras e consultas com profissionais voluntários especializados em transtornos causados por traumas devido a crimes na internet, para que as pessoas sejam aconselhadas a denunciar e também procurar ajuda. É relevante ainda, que a mídia aborde a temática dos crimes virtuais e suas consequências em novelas, programas de TV e campanhas publicitárias.