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Enviada em: 09/09/2017

No cinema nacional, a temática do cyberbullying foi retratada fielmente no filme As melhores coisas do mundo. A trama ambienta-se em um colégio e discorre acerca do cyberbullying através da criação de um blog dentro da escola  que espalha boatos falsos sobre outros alunos, tornando-os  alvos de agressões e chacotas. Fora das telas, a violência no âmbito virtual é uma realidade no mundo, tornando necessário a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.     Parafraseando o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência independente da maneira como ela se manifestar, é sempre uma derrota. De acordo com uma Pesquisa feita pela organização não governamental Plan, dentre 5 mil estudantes brasileiros cerca de 17% já foi vítima de cyberbullying no mínimo uma vez. Esses índices apontam uma nova faceta do bullying, que pode ser ainda mais cruel que o bullying em si, pois o ambiente virtual propicia a disseminação ainda mais ampla da violência, podendo levar a vítima a desenvolver doenças psicossomáticas, depressão, ansiedade e até mesmo em última instância, recorrer ao suicídio.     Além disso, a anonimidade que a internet pode proporcionar ao agressor favorece a ocorrência dos casos de cyberbullying. Isso pois, o ofensor na maioria das vezes faz o uso de perfis anônimos em redes sociais para disseminar preconceitos e discursos de ódio, atacando outros indivíduos  sem o medo de que sua verdadeira identidade seja revelada. Outrossim é importante pontuar a não existência de uma lei específica para casos de cyberbullying, podendo contribuir para o aumento deste tipo de violência.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso o poder legislativo deve criar projetos de lei específicos ao cyberbullying, com penas aplicadas sob a forma de trabalho comunitário e acompanhamento psicológico ao agressor e a vítima. Além disso, as escolas devem organizar palestras que alertem os pais e incentivem os alunos a denunciarem a violência. Ademais, para a identificação dos criminosos virtuais,seria interessante a obrigatoriedade de registro com CPF em redes sociais.