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Enviada em: 15/09/2017

A eleição de 2014 para a presidência do Brasil pôs em evidência um grande problema: o discurso de ódio em nossa sociedade. Nesse contexto, a internet funcionou como vetor para a propagação de ideias e comentários que feriam os direitos essenciais do homem: os Direitos Humanos. Diante disso, dois aspectos podem ser destacados em relação ao mau uso das redes sociais: o crescimento do cyberbullying e do discurso de ódio ao semelhante.       A mesma internet que possibilitou ao homem encurtar distâncias em relação a comunicação é a mesma que faz com que o discurso de ódio afaste dois amigos. A sensação de impunidade, de uma "terra" sem leis, faz com que a propagação de comentários maldosos atinja uma grande parcela da população ou a apenas um indivíduo em específico. Prova disso, por exemplo, foram as ofensas raciais a cantora Preta Gil, no início de 2017.       Dessa forma, além de contribuir para o aumento do discurso de ódio, a internet possibilitou o surgimento do bullying virtual. O cyberbullying tem como definição a violência praticada ao próximo, por meio de comentários agressivos e desmoralizantes, e que utiliza a internet como forma de propagação desses ideais. Segundo levantamento feito pela a USP, o número de casos de bullying virtual cresceu nas escolas brasileiras de 5% a 7%, representando assim, a gravidade do assunto. Assim sendo, medidas para as resoluções desses problemas tornam-se necessárias.       Diante dos argumentos supracitados, é dever do Ministério da Justiça criar, como medida paliativa, órgãos de fiscalização virtual com o intuito de identificar o agressor e garantir o cumprimento da lei. Haja vista que discurso de ódio não é liberdade de expressão e sim crime. Além disso, escolas devem exercer seu papel educador, propondo palestras que visam, a longo prazo, criar indivíduos que saibam respeitar o próximo. Desse modo, educando as crianças/jovens e eliminando o anonimato, os indivíduos poderão, finalmente, utilizar a  internet da melhor maneira.