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Enviada em: 24/10/2017

Com o advento da Revolução Técnico Científica as relações comunicativas, no mundo globalizado, tornaram-se mais estreitas. Hodiernamente, a internet e os meios tecnológicos atuam como importantes ferramentas para facilitar as atividades cotidianas. No entanto, apesar dos benefícios desencadeados, hoje, a rede pode ser utilizada covardemente para discriminar e reprimir, como é o caso do cyberbullying.     Em primeiro lugar, a rede tornou-se um ambiente propício a crimes virtuais. Isso, porque, por muito tempo, a impunidade gerou comodidade para a utilização de direitos, como o acesso à internet e à liberdade de expressão, de forma abusiva. Consequentemente, à frente de um longo descaso social e por parte das autoridades, o mundo virtual transforou-se em um risco ao equilíbrio emocional de muitas pessoas. Tais fatores corroboram o pensamento de Bauman, que em entrevista ao Jornal El País, reafirmou a importância das redes sociais para a ampliação comunicativa, mas, caso manipuladas sem ética, podem se tornar uma grave armadilha para a disseminação e ataques de ódio.      Outro fator que deve ser destacado é a consequência gerada por esse tipo de violência. Fotos e videos íntimos viralizados, comparações constrangedoras e falsas acusações são alguns dos inúmeros tipos de perseguições virtuais que marcam perversamente uma vida. À vista disso, observa-se a veracidade do pensamento do filósofo italiano Croce, o qual defende que a violência apenas destrói, em que, nesse caso, restringe a vítima à frustração. A exemplo da problemática, o site BBC Brasil relatou que uma jovem canadense, após ser estuprada e ter as cenas divulgadas na rede, foi vítima do cyberbullying e, perante as acusações e violência em massa, resultou ceifando a própria vida.       Torna-se evidente, portanto, que o mau uso da internet pode torna-la uma grande vilã. E, para que isso ao menos atenue-se, as autoridades jurídicas e legislativas devem tornar as leis de crimes virtuais mais rígidas, como o fim da fiança para delitos muito graves e investigação efetiva a todas as redes sociais e dispositivos tecnológicos do acusado, visando, assim, diminuir o cenário de impunidade. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde intensificar a presença de psicólogos em esferas públicas, os quais, por meio de orientação profissional conseguiriam atender, a longo prazo, muitas vítimas, evitando dessa forma, a depressão e ações autodestrutivas. Com essas medidas, no futuro, tal violência não destruiria tantas vidas.