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Enviada em: 13/10/2017

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir e então arcar com as consequências. Entretanto, no que se refere na esfera virtual, essa concepção deixa a desejar. Seja pelo recorrente ataque de hackers ou até mesmo pelas hostilidades e perseguições à integridade moral do indivíduo, a internet ainda está longe da paz e, o ser humano compreendedor de seus limites.       É indubitável que dentre as causas do problema, esteja a ausência da privacidade que culmina em atos imorais. O ascendente desenvolvimento tecnológico advindo da Guerra Fria trouxe facilidade no acesso de informações, majoritariamente, pessoais com a invenção da internet. Isso fica claro, com a auto exposição virtual que pode ser passível de crimes para terceiros. A segurança, nesse caso, não acompanhou tal progresso e por isso compromete a vida de muitos usuários. Um exemplo que ilustra essa realidade é o caso de Carolina Dieckmann, o qual teve o computador invadido por ataques de harckers que divulgaram seus arquivos e fotos íntimas pela internet.       Além disso, o anonimato e agilidade nesse âmbito viabilizam as aversões e a violência. O cyberbullying é um fato perante isso, uma violência que tem grande alcance e se qualifica em estigmatizar constantemente alguém. As ofensas são várias, desde insultos em comentários nas redes sociais, e até mesmo ameaças ao indivíduo. Já quando envolvem crianças, a pedofilia pode caracterizar outro problema. O próprio desamparo dos pais e a inocência pueril facilita a troca de informações entre o agressor e a vítima que é seduzida por conversas de estranhos.       Dessa maneira, torna-se evidente portanto, que a internet é um ambiente que requer cautela no coletivo, no tocante a finalidade. Para isso, é preciso que o Estado fortaleça as leis já existentes para os crimes supracitados e órgãos investigativos, como comissões e forças policiais, recorram de forma justa aos infratores fazendo valer a justiça. Cabe ao Ministério da Educação em parceria das escolas a instrução por meio de palestras sobre os efeitos do cyberbullying a fim de incutir o respeito desde já nos pequenos. Já a família deve oferecer apoio e proteção aos menores na intenção de estabelecer limites e responsabilidade no mundo virtual. E finalmente, o indivíduo deve fazer uso da razão, assim como defendida por Sócrates, para assim cultivar a ética para agir bem e alcançar as virtudes.