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Enviada em: 18/10/2017

A internet foi um enorme avanço da humanidade que, apesar de ter finalidade militar no início, possibilita, hodiernamente, a democratização de informações e a chance das pessoas terem voz na sociedade. Todavia, essa mesma ferramenta ajuda a fomentar crimes de ódio e cyberbullying nas redes sociais. Fato esse, devido a baixa percepção da população de que a internet é extensão da sociedade e a formação de grupos focados em um único pensamento.     Primeiramente, é importante analisar como a internet é encarada pela sociedade brasileira. Embora existam leis que regem o ambiente virtual, esse meio dá, rotineiramente, aos seus usuários, coragem para fazer o errado. Nesse sentido, é comum haver atitudes criminosas nas redes sociais, como o racismo, além de maior facilidade para que pessoas unam-se para depreciarem a imagem de outrem.     Além disso, grupos virtuais dão força à atos e pensamentos vis. Nas eleições presidenciais de 2014, por exemplo, notou-se o alastramento dos discursos de ódio entre cidadãos de opiniões políticas diferentes. Nesse sentido, observa-se que esse seja, talvez, o momento na qual a conceituação do sociólogo Émile Durkheim a respeito do fato social faça mais sentido. Tal fenômeno diz respeito a forma com a qual a sociedade impõe, coercitivamente, valores ao indivíduo. Na internet, isso tem acontecido por meio do ódio.      Com isso, depreende-se que parte da sociedade brasileira enxerga a rede como uma terra em que tudo é permitido. Portanto, o Ministério da Educação deve levar, às escolas, palestras e debates, para que os alunos formem senso crítico quanto ao uso da internet. Aliado a isso, os poderes Judiciário e Executivo devem agir. Aquele, de forma a punir crimes virtuais. Este, aumentando delegacias especializadas nesse âmbito. Por último, ONGs podem criar campanhas contra o cyberbullying e também, "centrais online" para dar auxílio psicológico às vítimas. Assim, a internet será lugar de primaveras árabes e não mais do inverno das ações atuais.