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Enviada em: 25/10/2017

Adotada pela Organização das Nações Unidas, a Declaração Universal do Direitos Humanos visa garantir a dignidade e os direitos humanos. Entretanto, o crescente número de casos de crime de ódio e cyberbullying representam um obstáculo na concretização de tal preceito.       Primeiramente, cabe pontuar que houve um aumento de 500% no número de casos de cyberbullying e crimes de ódio, de acordo com a ONG Sarfenet. Isso porque, a facilidade de anonimato e o grande fluxo de informações promovidas nas redes e mídias sociais dificultam a identificação e a punição dos envolvidos em tais atos. Com isso, a ideia errônea de que a legislação não se aplica aos ambientes virtuais e o sentimento de impunidade são dispersados estimulando tais atitudes.       Ademais, segundo o filósofo Jean Paul Satre, a violência independente de como ela se manifesta é sempre uma derrota. Nesse sentido, apesar de não ocorrer em ambiente físico, o cyberbullying pode acarretar consequências, como depressão, transtorno de ansiedade e em casos extremos pode levar o suicídio. Dessa forma, fica evidente que a violência no ambiente virtual é tão prejudicial ao indivíduo como a violência física.       Diante disso, medidas são necessárias para se atenuar esse problema. As delegacias especializados no combate a crimes virtuais, juntamente às ONGs, devem investir no desenvolvimento de tecnologias que tenham como intuito facilitar a identificação dos criminosos  a fim de puni-los de forma adequada e assim atenuar o sentimento de impunidade. Além disso, os desenvolvedores de aplicativos e redes sociais, devem criar canais de denúncia   a fim de facilitar e contribuir com o trabalho policial, da mesma forma, devem implantar filtros e  sistemas de reconhecimento de palavras chaves com o intuito de facilitar a identificação e a exclusão de postagens de cunho preconceituoso.  Da mesma forma, a mídia deve tratar nas novelas e filmes as consequências da violência no ambiente virtual a fim de alertar a sociedade de tais atos. Além disso, os governos locais devem disponibilizar psicólogos para as vítimas com o intuito de atenuar tais sequelas.