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Enviada em: 18/04/2018

Rede: “terra” de impunidade?    Crimes virtuais como os de ódio onde o criminoso expõe, ridiculariza e humilha a vítima ocorrem de forma frequente (principalmente mulheres) é o que mostra o estudo da organização americana de apoio a vítimas de violência digital, a Working to halt online, onde mostra que 70% das pessoas que denunciaram, eram mulheres.     A razão, ou uma das razões, para tantos crimes virtuais é que a ideia de impunidade é presente tanto na cabeça dos criminosos quanto na das vítimas que foram lesadas pelos insultos de que nada acontecerá com quem proferiu tais palavras maldosas. Mas com a criação da lei 12.737 e com a investigação eles não poderão mais se esconder “atrás” de perfis falsos causando o mal as vítimas.          Segundo um estudo da empresa Digital Norton mostra que 76% das mulheres com menos de trinta anos já sofreram trolling (humilhação online sistemática) alguma vez na vida além de ameaças de estupro e morte.    Em 2016 a nadadora Joanna Maranhão que encerrou sua participação nos jogos do Rio ainda nas eliminatórias, além da frustração pessoal, teve que enfrentar um ataque em massa de usuários em seu perfil do Facebook, desejaram que ela fosse estuprada, que o marido de Joanna havia feito uma péssima escolha ao se casar com ela e ainda que o treinador, que estuprou a nadadora quando tinha nove anos, devia te-la matado entre outras ofensas de baixo nível.    Há diversos efeitos nocivos a vítima após a humilhação: baixa autoestima, retraimento, insegurança, depressão e até suicídio. Demonstrando o quanto esses trolls (pessoa que persegue outras na rede) acabam com a vida de uma pessoa. Portanto a criação da lei 12.737 é extremamente importante, uma investigação bem feita é essencial para se descobrir o meliante, penas rígidas também serviriam para demonstrar que não se esta brincando e claro o apoio às vítimas em todos os aspectos, financeiro e apoio de especialistas (psicólogos e psiquiatras) são possíveis soluções para tal problema.