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Enviada em: 10/05/2019

O período da Guerra Fria foi um momento de diversas invenções e avanços no ramo tecnológico, sendo uma delas a internet, que facilitou a comunicação e a transmissão de informações. Logo, cada vez mais a web está interligada ao indivíduo, que por sua vez acomoda-se as informações que lhe são apresentadas. Nesse cenário, é preciso analisar a influência da mesma no cotidiano e sua restrição no campo das ideias.       Primeiramente, é de suma importância observar a agilidade que a rede pode disponibilizar nos dias atuais. Dessa forma, a humanidade se encontra mais favorável a buscar essa facilidade, uma vez que exige menor esforço para obter alguma informação. De acordo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, vive-se um período de liberdade ilusória, na medida que o mundo digitalizado abre portas para novas interações e ao conhecimento, também, abre para a manipulação e a alienação. Assim, o internauta torna-se sedentário na produção de suas próprias ideias e usa como sua qual lhe é apresentada.       Por conseguinte, o indivíduo caminha para aquilo que satisfaz suas necessidades com o menor desgaste possível. De maneira análoga, esse é o objetivo da indústria cultural para os pensadores da Escola de Frankfurt: produzir conteúdos a partir do gosto popular, de maneira à deixa-lo uniforme e facilmente atingível. Nesse contexto, é mais atrativo concordar e aceitar uma opinião do que debater e chegar a uma conclusão sobre ela.       Portanto, compreende-se que é de dever do Estado tomar medidas a fim de amenizar tal problemática. Para que seja priorizada a produção do pensamento critico, da reflexão, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie por meio de incentivos fiscais, campanhas e propagandas nas redes sociais que expliquem ao público como que se deve usar corretamente os algoritmos de informação, alertando sobre os perigos da imparcialidade do intelecto, de modo à criar no internauta o hábito de buscar novas informações e que debata sobre elas, com o objetivo de ter uma opinião real sobre. Somente assim, será possível combater na sociedade o comodismo da ideia pronta, encaminhando-se para a autonomia do próprio pensamento.