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Enviada em: 14/05/2019

Sob a perspectiva de Kant, uma sociedade encontra-se em menoridade ao não alçar uma reflexão autônoma. A atual revolução técnico-científica, em que a influência na web tornou-se um trabalho, a falta de regulamentações sobre este labor aliada a uma conjuntura social onde milhões estão em menoridade, vulnerabiliza componentes da malha social. Políticas de normalizadoras laborais e educativas são medidas preteríveis frente a problemática.                          Um influenciador digital configura-se como um indivíduo popular na esfera virtual que utiliza-se da sua notoriedade de maneira a persuadir seu público para uma ideia de produto ou pensamento. Dessa maneira, a ausência de regulamentação desta atividade permite a expansão deste mercado de terceirização das reflexões sem algum limite. Dessa forma, indivíduos em menoridade do tecido social brasileiro estão vulneráveis a esse tipo de atividade.                             Segundo ao Indicador de Analfabetismo Funcional(INAF), 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos sabem ler, no entanto não são capazes de compreender o que leem. Dado este que confirma a indefensibilidade desta parcela populacional frente a este desregrado mercado de influências, já que estes não refletem de forma autônoma. Desse jeito, a educação é uma arma poderosa que retira o indivíduo deste estado pelo esclarecimento.                            É improtelável que o Ministério da Educação e a Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados façam uma ação conjunta. Esta deve consistir na elaboração de uma legislação normalizadora da função de influenciador digital sendo embasada em profissionais jurídicos trabalhistas, psicólogos e psiquiatras. Ademais, ações de capacitação contra o analfabetismo funcional devem ser planejadas por especialistas em educação e letristas em escolas, centros comunitários e universidades públicas. A fim de retirar a menoridade do tecido social brasileiro e combater a restrição da capacidade de reflexão.