Materiais:
Enviada em: 19/05/2019

Na década de 1980, a internet surgiu nas universidades para facilitar o acesso à informação pelos pesquisadores. A medida que se popularizou, ela ganhou novos usos, como entretenimento, relegando a segundo plano seu caráter de fonte de conhecimento e reflexões. Essa nova faceta, no entanto, restringiu a capacidade reflexiva de seus usuários.       Diferente dos acadêmicos, os novos usuários da rede não desejam refletir, nem construir novos conhecimentos a partir das informações virtuais, mas se entreterem. Por isso, neste século, as redes sociais, como Facebook e Instagram, ganham cada vez mais espaço na internet, ao passo que sites de artigos acadêmicos, como Pubmed, diminuíram. Nessa esteira, portanto, a maior gama de informação disponível às pessoas não implicou pessoas mais sabias, haja vista que o por quê do uso da rede mudou.       Além disso, quando as pessoas navegam a procura de informações, via de regra, são conhecimentos pontuais : querem saber sobre a temperatura, sobre o trânsito, sobre o preço de produtos. Dessa forma, portanto, não há o que refletir sobre esses tópicos, o que feriu a capacidade reflexiva das pessoas na proporção que isso se tornou um hábito. Por conta disso, as Fake News, nos últimos anos, ganharam popularidade – ou seja, o público não se interessa em saber a origem, nem analisar criticamente a informação que lê.       Com o objetivo de reavivar a capacidade reflexiva da população, as pessoas devem, desde cedo, aprenderem a usar a internet de modo mais consciente. Para esse fim, os pais devem ensinar aos filhos a usarem a internet, orientando-lhes quais sites acessarem, bem como quais sites são confiáveis. Assim as crianças se tornarão reflexivas sobre as informações que encontram na internet, carregando esse hábito para a vida adulta. Dessa forma, a internet será usada de forma mais consciente e produtiva pela população.