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Enviada em: 11/06/2019

Sabe-se que o advento da internet, e de sua democratização, beneficiou bastante a sociedade, visto que facilitou a troca de informações. Entretanto, o que de fato restringiu, e ainda restringe, a capacidade de reflexão de várias pessoas não é a internet em si, mas a falta de orientação em lidar com ela, o que deixa perguntas como estas: por que essa falta de orientação ocorre? E como solucioná-las?   Primeiramente, um dos principais fatores que causam essa falta de orientação são os baixos investimentos na educação pública de um país. Isso se dá porque, de acordo com o historiador brasileiro, Leandro Karnal, em uma de suas palestras, quanto menor o investimento na educação pública que um governo faz, mais a sua sociedade possui uma tendência a ter uma capacidade de reflexão mais restrita. E isso é comprovado ao comparar a Finlândia com o Brasil, visto que o primeiro país, possui um governo que se preocupa em investir num ensino público que vai estimular a sua sociedade a interagir com a internet de modo mais criterioso e inteligente. Já o segundo, infelizmente, deixa a desejar nesse aspecto.   Em segundo lugar, a pouca orientação familiar é outro fator que causa essa falta de orientação para lidar com a internet. Esse fato se dá porque, de acordo com o filósofo brasileiro, Luiz Felipe Pondé, numa de suas palestras, boa parte dos responsáveis pelas crianças, hoje em dia, dão a elas o acesso a internet como forma de distraí-las, mas não as orientam em como usar essa tecnologia e em como filtrar o que é certo e o duvidoso. Dessa maneira, criando-se uma geração que está mais propícia a acreditar, e não refletir, sobre informações duvidosas.   Destarte, entendendo que a restrição da capacidade de reflexão não ocorre pela internet em si, mas pela falta de orientação em usa-lá, cabe aos governos de cada país, melhorar a educação pública, além de deixá-la adaptada ao mundo contemporâneo, que possui um alto fluxo de informações, por meio de mais investimentos, como faz o governo da Finlândia, para que a sua sociedade não tenha a capacidade de refletir restringida. Por fim, a mídia deve incentivar os pais orientarem os seus filhos, além de estimularem a capacidade de reflexão deles, mediante propagandas, fazendo com que, no futuro, boa parte da sociedade seja mais crítica e inteligente.