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Enviada em: 30/05/2019

A Indústria Cultural é um fenômeno que transforma a cultura em lucro, fazendo com que a arte perca o próprio caráter crítico e perpetue padrões. Em paralelo a isso, a internet facilitou a informação, mas restringiu a reflexão, isto é, a capacidade reflexiva perdeu o caráter crítico para perpetuar padrões informacionais.        Primeiramente, a perda do senso crítico dentro de um universo informado parece paradoxal. No entanto, em uma análise mais complexa, isso fica perceptível, já que a informação utilizada na construção de diálogos e pensamentos, na maioria das vezes, advém de pressuposições, pois, atualmente, é pouco comum o hábito leitor e reflexivo das pessoas na constituição do próprio conhecimento.        Além do mais, com a chegada da Globalização e o avanço dos meios informativos, o tempo, com um todo, torna-se volátil e há intensidade nas relações pessoais em um tempo mínimo que acaba muito rápido. Por conseguinte, com a Modernidade Líquida – termo usado pelo sociólogo Bauman para representar a sociedade volúvel-, a capacidade reflexiva é perdida acerca da vida pessoal e profissional, da construção de memórias e das relações sociais. Desse modo, a perda da observância crítica se dá nas vertentes intelectuais e subjetivas, tendo em vista a tamanha gama informacional tecnológica.        Dessa forma, o Ministério da Mídia, Ciência e Tecnologia deve conscientizar a população que embora os avanços tecnológicos sejam benéficos aos usuários, ainda assim aqueles impedem a construção do senso reflexivo das pessoas. Essa intervenção pode ser feita por meio de propagandas midiáticas e anúncios publicitários nas redes interativas, de maneira que incentive o público, em geral, a refletir sobre o momento vivido e o conteúdo absorvido nas informações diárias com indagações a si próprio, a fim de ir adiante do senso comum, como fazia Sócrates, no método da Maiêutica, em que o autoconhecimento e a capacidade reflexiva ía além do superficial.