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Enviada em: 09/06/2019

A necessidade de reflexão frente às verdades absolutas da internet               É inegável que a principal ferramenta para o avanço da globalização foi a internet. A rede de dados pública proporcionou ao homem o acesso a informações como nunca antes conseguira. Contudo, o acesso à informação de maneira fácil e rápida restringiu a sua capacidade de reflexão, colocando à prova a forma mais eficaz que o homem tem de se auto avaliar. Conciliar o uso racional da internet sem perder a capacidade de reflexão é uma tarefa difícil, porém possível.              É preciso considerar primeiramente que, a internet compreende uma rede muito grande de sítios, sendo que as funções mais usadas pela massa da população, por exemplo, são as redes sociais e os buscadores. As redes sociais são um dos meios mais usados pelos seres humanos como forma de comunicação remota. Uma grande parte dos internautas têm apresentado um comportamento muito preocupante- o compartilhamento de informações sem antes checar a fonte- associando tudo que vê na internet como verdade absoluta- sem refletir se aquilo que viu é verdade, se é interessante e se vai acrescentar alguma coisa ao compartilhar tal informação.              Ainda sobre esse assunto, um fato preocupante é uso sem supervisão por parte dos pais da internet por crianças e adolescentes, os quais têm se tornado verdadeiros “zumbis” virtuais, pois a maioria perdeu a capacidade de refletir sobre o que está na rede mundial, tornando-se verdadeiros dependentes da grande rede virtual. Um estudo feito pela organização britânica Internet Matters com 1500 famílias revelou que 48% das crianças até 6 anos fazem uso dessa tecnologia e que 41% delas acessam os conteúdos sem nenhuma supervisão dos pais. O uso dessa ferramenta tecnológica sem assistência familiar é um grande problema, visto que a capacidade intelectual humana se desenvolve nessa fase, sendo perigoso para a criança o acesso sem vigilância, pois a internet dispõe de conteúdos que podem influenciar negativamente na formação de suas identidades, pois elas não têm plena capacidade de reflexão sobre os assuntos, já que não diferenciam uma ordem de uma sugestão.              Por todos esses aspectos, é necessário uma política de conscientização do uso da internet de forma racional e reflexiva, usando o Ministério da Educação em parceria com as redes de ensino públicas e privadas, dar palestras e cursos ensinando e alertando principalmente crianças e jovens sobre os benefícios e os malefícios do uso da rede mundial virtual, para que os usuários possam desenvolver a capacidade de filtrar aquilo que realmente vai trazer benefício a ela e à sociedade. Já no seio familiar, cabe a família estar vigilante quanto ao uso do celular por crianças e adolescentes, conscientizando-os da importância de não tornar absoluta, toda informação recebida.