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Enviada em: 07/06/2019

Na obra, ''A Geração Superficial'', do escritor Nicholas Car, o autor revela a internet como inimiga da reflexão dos seres humanos aos capacitá-los com pensamento vago.Nesse sentido, no século XXI, o mundo virtual possibilitou a conexão por meio do acesso e circulação de informações, porém criou empecilhos na formação de indivíduos sem criticidade. Acresce também, a persistência na contemporaneidade digital de dois obstáculos, a robotização ideológica e o controle mediático, nos quais tornam-se um óbice infenso ao exercício da cidadania.       Em primeira análise, a internet marcou, drasticamente, o início da era informativa, mas é inaugurada pela limitação imposta sobre os conteúdos aos torná-los irreflexivos. Desse modo, dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,afirmam que 70% da população utiliza internet e por sua vez, comprova-se que o mundo digital está formando indivíduos sem pensamento crítico, devido a facilidade de divulgar assuntos ideológicos sem perspectiva de debate, e consequentemente atua de modo a robotizar parte da sociedade. Sendo assim, é inadmissível que um Estado Constitucionalista , defensor de direitos, a virtualidade converta os cidadãos sem a percepção da realidade na qual vivem.       Outrossim, consoante a convicção do sociólogo Bauman, no seu escrito a respeito da cegueira moral, afirma como o comportamento tanto psíquico, quanto corporal é controlado pela internet conforme os valores morais e éticos dos indivíduos são moldados em vazios nos quais a reflexão não existem.Analogamente, as mídias digitais contribuem para o aumento de usuários sem autorreflexão das informações que são expostas, isso se evidencia pelo poder de controle que são manuseados nos seus conteúdos com baixa interpretação de cunho intelectual , com intuito de entretê-los. Ademais , é inaceitável que no Brasil, onde confere garantia de segurança digital, a internet transforme os brasileiros em sujeitos alienados, ausentes de pensamento crítico.       Logo, é imperativo estabelecer medidas consentâneas na atenuação da má administração da internet.Para isso, o Ministério de Educação deve criar um site sobre o uso da internet, por meio da disponibilização de artigos científicos e textos informativos, que expliquem quais informações os usuários poderão filtrar a fim de evitar a falta de criticidade, com objetivo de intensificar o posicionamento reflexivo no âmbito digital. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988, passará a ser aplicada conforme o objetivo tornar-se-á prioridade.