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Enviada em: 28/06/2019

Para Baumam, filósofo, a solitude, é capacidade de juntar pensamentos, refletir, ponderar, dar sentido e substância à comunicação. Todavia, na atual realidade brasileira, são evidenciados desafios, os quais limitam a sua ação. Tal fato, reverberado, em especial, pela internet, pois apesar de facilitar o acesso a informação, restringiu a capacidade de refletir; sendo assim necessário uma atuação mais decisiva de autores estatais e social para conter a problemática. Ademais, faz-se relevante abordar a falta de empatia, ocasionado pelo isolamento tecnológico, e à construção imagética da pós-verdade.        Com efeito, nota-se as estruturas sociais moldadas sem a percepção dos indivíduos, modelos esses padronizados e estabelecidos para interesses restritos. Nesse contexto, observa-se a falta de criticidade frente as muitas informações midiáticas. Prova disso, segundo o jornal BBC, a propagação de sites falsos tem colocado em risco a harmonia da população, com a polarização corroborado pelas correntes fictícias. Essa situação, é intensificada pela deficiência da sociabilidade, visto que, a internet, se tornou objeto para benefícios individuais e inibidor da empatia e do vínculo interpessoal. Esse ensejo, vai no sentido oposto a teoria do filósofo Pierre Bordieu, o qual infere ser fulcral a dinâmica do corpo social para conhecer e respeitar as diferenças de uma sociedade.     Outrossim, na tangente à perspectiva a construção imagética, nota-se conceitos psicológicos de “Viés Narcisista” frente a tendência natural do homem de julgar fatos a partir do apelo ideológico pessoal. Frente a essa análise, o  professor Boaventura destaca o epistemicídio evidenciado pela prevalência da destruição do conhecimento, agravada pela desigualdade informacional. Dessa forma, com a precária percepção e reflexão sobre os conteúdos abordados na internet, a comunidade se coadunará ao próprio conceito de verdade imparcial. É importante, portanto, exercícios que padronizem o ensino de qualidade, e o estudo seja marcado como alternativa para  ensinar o discente a amadurecer e a se preparar para as diversas transformações.       Diante do exposto, realça-se a dualidade como manutenção que reforça o acesso a informação virtual sem reflexão. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação investir em projetos inovadores, por meio de produções interativas, as quais informem pais e alunos sobre a importância da socialização, afim de garantir a mitigação das mazelas advindas de notícias falsas. Além disso, o Ministério do desenvolvimento deve promover políticas públicas, por meio de recursos tecnológicos, que viabilizem as áreas com maior índice de manifestações seletivas, e mostrem as diversidades existente no país e o respeito que se deve ter com as diferenças. A partir disso, o mundo virtual deixe de ser priorizado – e a ideia de Baumam sobre a solitude seja aderida pelo homem, em favor de um sitio mais sábio e coerente