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Enviada em: 09/08/2019

“Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci. Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi... assim eu não raciocino, não aprendo as causas e consequências só decoro os fatos”. Com esses versos, Gabriel – O Pensador problematiza a educação brasileira por um viés depreciativo, quanto a passividade de reflexão social e os princípios e práticas de instituições de ensino a serviço da democracia. Presentemente, esse cenário conserva-se à medida que a internet e a facilidade de informação restringe a capacidade de julgamento, mazela suscitada, em especial, no eixo escolar e familiar. Ora, a musicalidade assinala uma latente verdade_ a sociedade subsiste em ludibriar-se.         Ao principiar tal visão, é válido ressaltar que 116 milhões de pessoas estão conectadas à internet, diz IBGE. A expansão do seu uso atingiu também a educação, tanto escolas como universidades, ferramenta que trouxe a possibilidade de ampla democratização da informação. Contudo, apesar de facilitar os métodos de ensino, tal fator corrobora inibindo o senso críticos dos mesmos devido ao uso equivocado da rede. É vital que os docentes percebam os recursos interdisciplinares da internet quando associada a discussão e exercício da indagação em sala de aula.         Essa escassez de postura advém sobretudo da ausência de concepções e de formação por parte da sociedade, sobretudo dos pais. De acordo com Erasmo, não há nada de tão absurdo que o hábito não o torne aceitável. Dessa forma, é nítido que o ambiente familiar tomou por hábito a displicência no acompanhamento dos filhos quanto ao uso da internet, com a renúncia de suas atribuições como instrutor dos mesmos, princípio precursor na carência do saber crítico necessário para a construção do corpo social_ eis o conhecimento às avessas necessitando medidas interventivas.        Depreende-se, portanto, a necessidade de maior dinamismo dos entes competentes afim de minorar o devaneio coletivo. Para tal, o Ministério da Educação, através das escolas, deverá elaborar projetos no plano pedagógico aulas interdisciplinares promovendo eventos de debates sobre o tema que envolva a comunidade em palestras com professores, sociólogos psicólogos afim de conscientizar sobre os efeitos sociais que o mal uso da internet, além de fomentar em sala de aula o senso crítico dos decentes. Somado a isso, a mídia com seu papel influenciador, promover campanhas publicitárias de conscientização que incite a participação dos pais no acompanhamento da construção do silogismo dos filhos. Por fim, os pais no ambiente familiar, por meio do diálogo, acompanhar os filhos instruindo-os quando ao uso consciente, afinal, como disse Mahatma: “o futuro dependerá do que fazemos no presente”.