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Enviada em: 22/08/2019

Na contemporaneidade é comum encontrar pessoas que para se manterem atualizadas ao longo do dia só passam os olhos pelas manchetes dos jornais sem se aprofundar. Geralmente esta forma de leitura tem como fonte a internet, que nos últimos tempos têm ajudado a disseminar informações. Contudo ao mesmo tempo que ela informa, atrapalha pois a quantidade de conteúdo gerado é gigantesco. Com isto não sobra tempo de ler todas as vertentes para formar uma opinião. Desta forma, as pessoas acabam com visões superficiais do que está acontecendo.    Antes de tudo, é preciso considerar que a comunicação tem ficado cada vez mais imediatista, assim como seu consumo. Atualmente o que acontece vira notícia, já está na internet. Porém nem todo conteúdo é confiável já que a disseminação de fake news tem se tornando cada vez mais frequente. Para filósofo Mario Sergio Cortella o excesso de dados faz com que as pessoas retirem apenas o que serve e descarte o que não serve. Logo com a rapidez e quantidade as pessoas não acabam se informando como se deve, levando a um processo contínuo de falta de reflexão e formam uma seletividade onde geralmente acabam pendendo para o lado das notícias fake.    Outro fator importante, é que a falta de reflexão devido o imediatismo do consumidor acaba levando para o lado sensacionalista. É comum ouvir que o sensacionalismo é responsável por muitas coisas atualmente. Pois a sociedade não foi educada para lidar com um grande contingente noticiário e ver o que é ou não verdadeiro. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman o sistema educacional junto à sociedade é uma das vítimas deste excesso. Já que não dá para ter qualidade e quantidade uma vez que uma prejudica a outra.    Sendo assim, é claro que o contingente informacional da internet é grande e as pessoas não sabem lidar com ele. Logo, é preciso que a escola junto à sociólogos, filósofos e até psicólogos trabalhando juntos para ensinar jovens e crianças a aumentar o olhar crítico e reflexivo para com o excesso de informações que elas recebem para assim não se tornarem adultos maleáveis a qualquer manchete fake e reféns de overdoses da internet como é hoje.