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Enviada em: 17/10/2019

Em nosso país, há um debate sobre os possíveis benefícios da legalização dos jogos de azar, dentre os quais podemos realçar a criação de empregos, o aumento dos impostos coletados pelo Estado e a disponibilização, ao público, de alternativas de entretenimento nunca antes vistas. Em contrapartida, podemos considerar o passado da cidade de Las Vegas, um reconhecido centro dos jogos de azar, para melhor compreendermos os custos dessa mudança. Por décadas, organizações criminosas de várias partes dos E.U.A controlaram a cidade e seus cassinos, usando-os como fontes de renda e Postos de lavagem de dinheiro. Ademais, com o passar dos anos, as operações desses estabelecimentos foram progressivamente modificados para aproveitarem-se de vulnerabilidades psicológicas de sua clientela e maximizar os lucros para casa.    A legalização de tais práticas constituiria um desserviço à nação, uma vez que abriria as portas para a exploração em larga escala de segmento suscetíveis de nossa população. Especificamente, Tal como ocorreu em Vegas, as companhias em controle dessas operações empregarão serviços de psicólogos e pesquisadores para tornar seus jogos e máquinas mais viciantes. Estas instituições buscarão tomar vantagem de mecanismos psiconeurológicos da mente humana para lucrar com a potencial ruína de seus clientes.    Além destes abusos contra seus fregueses, esta indústria também acabará por envolver-se com o crime organizado extensamente presente no Brasil. Contudo, aqui terminam os paralelos com a cidade de Las Vegas, pois ela é, e foi, o único local onde os jogos eram legais. Reconhecendo o potencial turístico da área, as entidades criminosas envolvidas coordenaram-se para evitar a violência e manter altos níveis de atratividade. Caso a legalização ocorra em todo o território nacional, ou mesmo em várias cidades, nossos foras-da-lei não terão motivos ou incentivos para conterem-se e, levando em conta que nossa taxa de homicídios em 2018 era 30 vezes maior que a da Europa, teremos de lidar com agudo aumento na violência que já pé chega perto dela aleijar-nos.    Dessa forma, tendo em mente os danos que a legalização dos jogos de azar pode ocasionar ao nosso povo, é imperativo que ela não ocorra. Para tal, é necessário que indivíduos organizem-se dentro de suas comunidades para formar blocos e clubes em oposição aos jogos de azar. Estas entidades devem, então, mobilizar-se contra qualquer candidato, seja o cargo no legislativo ou executivo, cuja campanha inclua qualquer proposta de legalização. Com uma opinião pública tão Clara e vocal sobre o assunto, proposta alguma terá sucesso ou mesmo tração suficiente para transitar no processo legislativo.