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Enviada em: 01/03/2019

A Constituição Brasileira de 1988, garante a todos os cidadãos o direito de ir e vir e a melhoria na mobilidade urbana. No entanto, a realidade é contraditória à lei. Isso se evidencia não só na falta de acessibilidade, como também na péssima qualidade dos transportes públicos, gerando prejuízos.        Em primeira instância, é importante ressaltar que uma parcela significativa da sociedade não possui acesso aos transportes, ademais tem a dificuldade de se movimentar pelas ruas por conta dos empecilhos. Prova disso são os inúmeros ônibus que não possuem rampas para cadeirantes, falta de pisos táteis, sinais sonoros, são fatores que revelam as precariedades na mobilidade urbana. De acordo com Orlando Villas Boas, as dificuldades do outro devem ser respeitadas e procurar entendê-las é fundamental. Entretanto, isso não é notório no Brasil, as demandas que oprimem alguns cidadãos não têm sido supridas pelo poder público, logo, a dor do outro só é sentida quando nos colocarmos no seu lugar.       Outrossim, convém frisar que as tarifas cobradas nos ônibus, metrôs e trens não são justas comparadas com a qualidade de serviço prestado. Superlotação, falta de ventilação, demora, são alguns pontos que a população reclama, inclusive, muitos preferem optar pelo veículo próprio. Por conseguinte, as ruas ficam cheias de automóveis, aumentando o congestionamento. Segundo o jornal Globo News, a grande maioria dos trabalhadores passam cerca de 15 horas fora de casa, sendo o trânsito um dos impasses. Essa falta de tempo causa sérios impactos sociais, como depressão, ansiedade e por fim afeta as relações sociais.        Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas a fim de que as garantias previstas pela Constituição sejam cumpridas. Cabe ao Estado investir em políticas públicas para a acessibilidade e mobilidade, e melhorar a infraestrutura das cidades pensando naqueles menos favorecidos, instalar pisos táteis, rampas em lugares estratégicos e sinais sonoros, assim a geração futura não terá os mesmos problemas que a atual. Ademais, o Poder Público deve cobrar um preço acessível a todos e que garanta uma boa qualidade do transporte, em soma, fazer campanhas por meio da mídia e cartazes espalhados pelas cidades, para estimular o uso de meios de locomoção mais sustentável, com a finalidade de desenvolver uma mobilidade urbana vinculada com a sustentabilidade.