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Enviada em: 03/03/2019

Mesmo nos dias de hoje, onde existem diversos eventos que visam a conscientização e reflexão acerca de um mundo menos consumista e mais sustentável, como o Rio+20, muitos ainda preferem optam pelos automóveis próprios. Esse desejo pode estar relacionado à grande difusão de propagandas desses automóveis e com a falta de investimento, por parte do Estado, em transportes alternativos.       O fundador da empresa Ford, Henry Ford, teve uma ideia para o aumento de seu mercado consumidor: os trabalhadores de sua fábrica deveriam ser capazes de adquirir os carros que produziam. Desde então, o carro foi popularizado, e sua imagem vendida de forma muito positiva para a população. Karl Marx teorizou que a sociedade capitalista fetichiza o consumo, e exemplo evidente disso é a associação da compra de um carro com sucesso pessoal.      Apesar desse consumo estar relacionado a mentalidade consumista da população, o Estado também possui uma grande parcela de culpa nesse problema, por oferecer poucas opções de transporte limpo a população. Uma república, como o próprio nome diz, deve cuidar dos bens públicos para os cidadãos. Entretanto, o que se vê é o descaso governamental quanto a mobilidade urbana sustentável. O metrô, por exemplo, está presente em poucas capitais brasileiras. Também há pouco investimento na construção de ciclovias, o que inviabiliza o uso de bicicletas de forma segura pelos ciclistas.             Para mantermos os recursos de nosso planeta para as próximas gerações, devemos abrir mão de algumas mentalidades, como a fetichização do consumo. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação garanta que as escolas públicas tragam discussões sobre sustentabilidade e consumo nos currículos escolares. Além disso, as Secretarias de Transporte, assim como as prefeituras das grandes capitais, devem criar projetos que invistam na ampliação das opções de transporte limpo, de forma organizada e que contemple todas as áreas da cidade.