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Enviada em: 04/03/2019

Desde os incentivos à expansão da política rodoviarista, promovidos por Juscelino Kubitschek em seu governo, o Brasil passa por uma valorização exagerada do carro, que culminou no problema de mobilidade urbana, uma vez que o excesso prejudica a locomoção das pessoas. Essa situação ressalta um contexto de descrédito financeiro com relação aos transportes públicos, que têm investimentos insuficientes, assim como as estruturas de locomoção a pé; e exaltação do carro como bem promovedor de status.       Em primeiro lugar, a escasses da malha metroviária brasileira como um dos responsáveis pelo estímulo à aquisição de carros para a locomoção urbana, já que, com poucas linhas, trens desconfortáveis e antigos, grandes metrópoles apresentam opções pouco variadas de locomoção. A falta de investimentos atinge também os ônibus – que circulam em estado deplorável – e os caminhos de pedestre, os quais apresentam perigo a deficientes, idosos e demais indivíduos com movimentação limitada, por conta das calçadas em estado precário. Sendo assim, a busca por conforto e segurança, levaram a população optar pela utilização dos automóveis, cuja frota dobrou nos últimos dez anos, segundo Observatório das Metrópoles.        Dessa forma, não é incomum observar cidadãos se endividando para obter um transporte individual, tanto para suprir a necessidade de deslocamento quanto para munir-se do status advindo de tal compra. Entretanto, seus resultados são vistos até os dias atuais, nos longos congestionamentos de horários de pico.       Portanto, é viável pensar em soluções para o problema. Por isso, as Secretarias dos Transportes Metropolitanos de cada estado devem ampliar a quantidade de linhas de metrô no território brasileiro, por meio de maiores investimentos financeiros e fiscalização de funcionamento que garanta pleno bem-estar da população, com o intuito de desincentivar a busca pelo transporte individual e facilitar a locomoção urbana no Brasil.