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Enviada em: 05/03/2019

No início do séc. XX, as principais metrópoles brasileiras, como a cidade do Rio de Janeiro, passavam por intensas reformas urbanas, afim de adquirirem ares modernos e planejados. Diversos prédios coloniais e cortiços foram demolidos, obrigando a população pobre que ali habitava, a estabelecer moradias em faixas periféricas das cidades, longe do centro empregador. Assim, consolidava-se um dos primeiros problemas na mobilidade urbana do Brasil. Sem um planejamento urbano adequado e infraestrutura para o população crescente, as consequências trazidas por esse entrave continuam atormentando a vida de milhares de brasileiros diariamente.   No contexto atual, a pobre malha rodoviária urbana das cidades do Brasil impossibilita um trânsito satisfatório. O mal planejamento urbano das metrópoles configuram um efeito de obstrução das vias de circulação, uma vez em que a existência de vias duplas, ou intermunicipais sejam pequenas, o enorme fluxo de veículos causam a saturação destes centros municipais. Assim, uma série de problemas são gerados, como a superlotação nos horários de pico, aumento do índice de acidentes de trânsito, e a poluição sonora e visual. Além desses problemas, a grande circulação de veículos liberam uma excessiva quantidade de gases poluentes, comprometendo o ar das cidades, e consequentemente, a saúde de pedestres e de ciclistas nelas presentes.  Além disso, a escassa qualidade dos serviços públicos torna a movimentação espacial inviável. É notório a existência de uma incompatibilidade de veículos públicos disponíveis para a população que dele necessita, expondo essas pessoas a sérios riscos, como o descumprimento de procedimentos de segurança, o atraso de horários e a superlotação. Um episódio que ganhou grande indignação popular recentemente, foi o caso de uma mulher que teve seu braço ejaculado por um homem dentro de um ônibus lotado. Casos como esse, explicitam a dura realidade presente no cotidiano de brasileiros no transporte público, que a cada vez mais, estão optando por veículos individuais.   Fica claro, portanto, a necessidade de reformas para a resolução dos problemas presentes na mobilidade urbana brasileira. Para isso, o Governo deve incentivar a instalação de centros de comércio próximo as periferias, encurtando, assim, o trajeto da população trabalhadora. Ademais, deve oferecer um transporte público mais adequado, com a ampliação de linhas de metrôs e maior disponibilidade de ônibus, com auditorias constantes. Às famílias, junto as escolas, o papel de conscientização dos indivíduos, por meio de campanhas e projetos sustentáveis, afim de diminuir o consumismo exarcebado e estimular a adesão a meios de transporte limpos, como as bicicletas. Talvez assim, a mobilidade dentro das cidades brasileiras possa ser vista como um exemplo de modernidade e planejamento.