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Enviada em: 09/06/2019

Os diversos empecilhos relacionados à mobilidade urbana das pessoas e das mercadorias no território brasileiro interferem diretamente na qualidade de vida da população e prejudicam as já debilitadas condições de equilíbrio ambiental no espaço urbano. Essa situação requer a urgente adoção de medidas pelo poder público alinhadas ao objetivo de se obterem traslados sustentáveis para a sociedade em geral e para o meio ambiente.   Efetivamente, o descumprimento da Lei da Mobilidade Urbana por gestores públicos acarreta terríveis congestionamentos do tráfego, motivados, principalmente, pelo grande número de veículos particulares, decorrente do modelo rodoviarista estimulado notadamente por Juscelino Kubitscheck, que visava a evoluir "50 anos em 5" no Brasil. Essa enorme frota, por sua vez, é responsável por grande emissão de gases poluentes na atmosfera. Além disso, a superlotação de ônibus e metrôs, muitas vezes em condições precárias pela falta de manutenção adequada, compromete deslocamentos de estudantes e trabalhadores, gerando habituais estresses e desconfortos.   Ainda nesse contexto de locomoções prejudicadas, ressalta-se que o Brasil manifesta escassez de ciclovias e de incentivos públicos ao uso da bicicleta, além da deficiência na quantidade de metrôs, de veículos leves sobre trilhos(VLTs) e de calcadas e vias largas e bem estruturadas, obrigando cidadãos a recorrerem excessivamente aos automóveis particulares e ao transporte público pouco diversificado, agravando a superlotação deste e a lentidão do fluxo de carros no transito e evidenciando o quão atrasado é o Estado brasileiro quando se trata de soluções inteligentes para viabilizar a fluidez de movimentações urbanas. Assim, cumprindo determinações da Política Nacional de Mobilidade Urbana, cabe a gestões publicas otimizar investimentos no setor, possibilitando, por exemplo, a modernização e a diversificação de frotas de transporte público, o que geraria mais conforto e menos estresse aos usuários, e a disponibilidade de ciclovias, associada a estímulos, por campanhas publicitarias veiculadas em redes sociais, ao uso de bicicleta como meio de transporte. É conveniente, também, a construção de mais linhas de metrô e de VLTs, bem como de tuneis, viadutos e calçadas largas e planejadas, na ausência de opções menos impactantes a natureza. Essas medidas, certamente, acelerariam traslados, prejudicariam menos a natureza e proporcionariam, então, maior qualidade de vida aos brasileiros.