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Enviada em: 09/03/2019

Para o urbanista e ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, uma boa cidade não é aquela em que os pobres andam de carro, mas que os ricos andam de ônibus. Nesse sentido, a deficiência da mobilidade urbana nas grandes cidades vem sobrecarregando o espaço, bem como aumentando o nível de poluição ambiental.    Embora, em 2012, tenha sido instituída a Política Nacional de Mobilidade Urbana, até janeiro de 2015, apenas 5% das prefeituras entregaram seus planos. Isso revela o descaso público em buscar mecanismos mais eficientes para evitar congestionamentos urbanos, que acabam limitando o fluxo, fazendo com que o brasileiro passe mais tempo no trânsito. Nota-se também. a ausência de políticas para aumentar a oferta de transporte coletivo, o que acaba resultando na busca por veículos individuais.     Aliado a esse fato, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 2006 a 2016, a frota de automóveis brasileira aumentou 400%. Dessa forma, o meio ambiente tem sofrido tanto com o gás carbônico quanto com a poluição sonora provocada pelos veículos que levam as pessoas ao estresse no corpo, irritabilidade e cansaço. Bons exemplos de soluções no campo da mobilidade são Bogotá, que comprou 200 ônibus híbridos, alem da cidade de Rio Branco, no Acre, que fez mais de 160 km de ciclovias para cerca de 300 mil habitantes, melhorando, dessa forma o fluxo de veículos.    Diante do cenário, o Ministério do Desenvolvimento Regional deve exigir das prefeituras a criação de políticas para estimulo do transporte coletivo, por meio de mais construções de linhas de metrôs, de teleféricos, bem como diminuir o preço das passagens de ônibus urbano para as pessoas que necessitam desse meio de locomoção; além de construir ciclovias e ciclofaixas para quem prefere um deslocamento ao ar livre. A União deve dar isenção de alguns impostos a veículos elétricos e bicicletas para estimular o "transporte limpo",  pois somente com tais ações, certamente, diminuirão os impactos ambientais provocados pelo homem.