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Enviada em: 10/03/2019

"Governar é povoar; mas, não se povoa sem se abrir estradas (...)" foi a frase dita pelo ex-presidente Washington Luís para promover o rodoviarismo no Brasil, mas que infelizmente, na atualidade resultou em variados problemas no fluxo territorial, juntamente com a expansão do sistema capitalista e as próprias falhas dos transportes públicos.      A priori, é notório um anacronismo bastante demarcado na mobilidade urbana brasileira, que em pleno seculo XXI, mesmo com o enorme crescimento populacional e desenvolvimento tecnológico, o âmbito rodoviário ainda é regrado pela política rodoviarista criada há mais de 50 anos no governo de Jucelino Kubichek, com intuito de uma integração nacional a partir da valorização das rodovias em detrimento das ferrovias e hidrovias, mas que hoje é apenas uma entrave para modernização, além de gerar impactos tanto ambientais como econômicos.     A posteriori, o capitalismo influencia indiretamente no sobrecarre-gamento do espaço, pois esse visa sempre no lucro, sem interesse nas consequências negativas, sendo assim a venda de automóveis individuais são mais vantajosas em relação aos coletivos. Somado a isso, a própria insegurança e as precárias condições de serviço, desde o alto custo da passagem até a superlotação, são fatores diretos para priorização de carros e motos, provocando assim o inchaço do trânsito.       Por fim, torna-se crucial a busca por soluções que além de resolver o congestionamento de diversas regiões possam ser mais econômicas e sustentáveis, a partir do incentivo e aumento do uso de ferrovias e hidrovias para locomoção de mercadorias e passageiros com intuito de diminuir o índice de poluição e gastos. Junto a isso, o governo deve investir de maneira mais intensa no uso de bilhete único para integração de transportes e implantação de ciclovias com objetivo de aumentar o número de alternativas mais econômicas para a população e consequentemente reduzir o uso de transportes individuais.