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Enviada em: 13/03/2019

De acordo com o conjunto de leis que rege o Brasil,ir e vir é um direito de toda a população.Contudo, essa prerrogativa não é ofertada completamente,uma vez que a superlotação das cidades, os transportes públicos de baixa qualidade e a má infraestrutura de muitos lugares prejudicam a mobilidade urbana. Nesse sentido, esses impasses acontecem porque o Estado e a própria sociedade são pouco ativos em relação ao solucionamento dessa questão.    Decerto, a Administração Pública é uma das principais responsáveis por existir os problemas de locomoção no ''país verde-amarelo''. Isso se deve ao fato de que, segundo o filósofo Thommas Hobbes, o Estado existe para garantir o bem-estar da comunidade e, visto que há esse impasse, ele não está cumprindo sua função.Desse modo, o Poder Público deveria garantir estradas bem pavimentadas e sinalizadas e transporte comunitário de qualidade e suficiente para todos, o que não ocorre, evidenciado pelo elevado índice de acidentes e superlotação de ônibus e metrôs, na maioria das vezes. Nessa lógica, um exemplo da passividade da Administração é que,no Rio de Janeiro, até 2016, era para ter ar condicionado em todos os meios de locomoção públicos,todavia, em 2019, há esse benefício em menos de 50% deles,conforme o IBGE,comprovando que esse quadro precisa ser alterado.     Entretanto, os brasileiros também são culpados pelos problemas de mobilidade urbana existentes. Essa questão está condicionada ao fato de que grande parcela das pessoas preferem o meio privado, quando dispõe dele. Dessa forma, há muitos carros transportando poucas pessoas e isso causa superlotação das ruas e isso concretiza a fábula da lebre e da tartaruga. Isto é, as formas que são consideradas mais rápidas de se locomover - a lebre- chega a lugares depois das que seriam as mais lentas - a tartaruga- já que não existe a fluidez no trânsito e, por isso, pedestres e ciclistas estão chegando seus destinos primeiro, o que deveria fazer a maioria da comunidade repensar no seu modal de transporte, no entanto, ainda assim, muitos ainda escolhem os seus carros.      Dessa maneira, para que haja o aperfeiçoamento da mobilidade urbana no Brasil, a Receita Federal deve destinar mais verbas ao Ministério dos Transportes, o qual deve pavimentar, com qualidade,as estradas, sinalizar as ruas com eficiência e aumentar a quantidade e a qualidade do transporte público. Complementarmente, a população deve começar a abandonar seus carros, quando possível, em detrimento de locomoções que beneficiem toda a coletividade, como a feita com bicicletas, ônibus e metrôs. Destarte, o código de leis do país será cumprido, a teoria de Hobbes será cumprida e o corpo social terá vantagens em conjunto.