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Enviada em: 11/04/2019

As Grandes Navegações foram o marco para a mobilidade, pois possibilitaram deslocamentos maiores. Com a Revolução Industrial e suas tecnologias, o problema do tempo de percurso diminuiu. Contudo, o excesso de veículos e seus transtornos para a população trouxeram de volta essa problemática, seja por causa do trânsito, seja pela pouca variedade de modais.                                          Em primeiro lugar, é preciso analisar como o trânsito atrapalha a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos cidadãos. De acordo com a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito, o brasileiro passa em média quase 40 dias por ano no trânsito das capitais, o que além de impactar na vida da população, a qual poderia aproveitar esse tempo de maneira mais produtiva, é o oposto da ideia de mobilidade, pois esse tempo é gasto parado. Dessa forma, a interligação e obras de infraestrutura na diversidade dos modais de transportes são essenciais.                                                                                                            O problema, porém, está longe de ter solução, pois a pequena variedade nos modais é uma máxima da mobilidade urbana brasileira. Embora a continentalidade e diversidade climática brasileira permita a implementação de todos os modais, com exceção da Região Norte, que tem preferência pelo modal hidroviário, a maior parte das áreas urbanas utilizam as rodovias quase com exclusividade. Essa má escolha teve reflexo na Greve dos Caminhoneiros, setor que é extremamente prejudicado, pois percorre enormes distâncias para serviços que deveriam ser feitos por modais ferroviários e até mesmo hidroviários, desafogando o trânsito das vias.                                                                                                Fica claro, portanto, que a mobilidade urbana brasileira enfrenta diversos problemas estruturais. Dessa maneira, a Câmara de Deputados deve aumentar o orçamento para obras de infraestrutura no setor dos transportes, promovendo corte de gastos em áreas não essenciais, a fim de ampliar, reformar e interligar os modais, melhorando a qualidade dos serviços públicos e diminuindo, dessa forma, o número de carros nas vias. Além disso, incentivar o uso dos modais corretos para longas distâncias, oferecendo incentivos fiscais para empresas que utilizem ferrovias e hidrovias para o escoamento de seus produtos, com o objetivo de desafogar o trânsito. Assim, a problemática do tempo perdido pode ter fim e o deslocamento será facilitado, bem como a qualidade de vida das pessoas aumentada.