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Enviada em: 14/04/2019

A mobilidade urbana deveria existir para facilitar o deslocamento das pessoas dentro das cidades, transportando-as ao trabalho, ao lazer e ao entretenimento. No entanto, em razão de um histórico descaso do Poder Público, houve um péssimo planejamento das cidades e dos transportes, o que, consequentemente, faz com que a população conviva com toda sorte dificuldades oriundas das necessárias movimentações diárias.       De fato, a origem do problema está relacionada com a opção prioritária de investimento no modal rodoviário. Tanto é assim que, desde Juscelino Kubistchek, optou-se pelo tranporte automobilístico no Brasil, sendo certo que, conforme dados do IBGE, atualmente existe 1 automóvel para cada 4 habitantes. Ou seja, privilegiou-se um tipo de transporte individual (em detrimento das plataformas coletivas), o que congestionou as ruas das cidades e que intensificou casos de estresse, sedentarismo e poluição (conforme estudos direcionados da Organização Mundial de Saúde).  Isso quer dizer que, a curto prazo, as consequências são pequenas, como gripes leves (devido à poluição do ar); mas, a longo prazo, pode significar um sério impacto negativo nas contas públicas de saúde devido às complicações das doenças mencionadas. Ademais, a situação é piorada quando se percebe que apenas 10% dos municípios possuem algum Plano de Mobilidade Urbana que considere a importância do transporte público urbano (segundo dados da ONG Mobilize, 2018).       Portanto, é necessário que o Governo Federal conceda linhas de crédito aos Municípios que aderirem a algum Plano de Mobilidade Urbana. Dessa forma, prefeitos e vereadores poderão elaborar uma agenda de objetivos, que poderão render mais ou menos recursos federais, de modo que engenheiros de infraestrutura municipais possam planejar e incentivar a prática de esportes (com a instalação de ciclovias, por exemplo) ou que estabeleçam metas para valorização dos transportes coletivos (como a ampliação de linhas de metrôs e adoção de corredores exclusivos de ônibus). Assim, a população evitará carros e terá mais qualidade de vida.