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Enviada em: 20/04/2019

Desde o século XX, o Brasil é um país majoritariamente rodoviário. Isso se deve, sobretudo, pelos investimentos realizados durante o governo de Juscelino Kubitschek no Plano de Metas, que trouxe, entre outros desenvolvimentos, a indústria automobilística ao país e construiu rodovias demasiadamente pelo mesmo. Contudo, essa prioridade em um único modal desencadeou prejuízos à mobilidade urbana da sociedade brasileira.        Em primeira análise, o número exacerbado de automóveis diminui a fluidez das ruas. É observável que os carros são preferidos pela população canarinho em decorrência de sua segurança e conforto. Entretanto, o alto número desses nas rodovias promove o aumento de congestionamentos, acidentes e intensifica o estresse. Segundo a Organização Mundial de Saúde, foram registradas 1,35 milhão de mortes no trânsito em 2018. Nessa perspectiva, são necessárias formas alternativas de locomoção para aliviar o transporte rodoviário e diminuir seus efeitos.        Outrossim, o transporte ferroviário brasileiro é um dos modais que carece de planejamento na sua construção. Hodiernamente, os trilhos são específicos para cada trem e vice-versa, o que impede a integração entre regiões. Todavia, os benefícios resultantes desse meio são variados, entre eles estão a redução de custos e impactos ambientais, além de fornecer maior segurança do que os automóveis. Além disso, alguns países da América Latina, como o México e a Argentina, têm o transporte ferroviário como principal meio de locomoção. Nesse sentido, ao analisar realidades parecidas e os benefícios desse transporte, é plausível o investimento brasileiro no modal.        Fica claro, portanto, a necessidade de mudanças na questão do ir e vir tupiniquim. Nesse contexto, o Ministério da Infraestrutura tem que realizar reformas nas ferrovias. Por meio da troca dos trilhos, de forma que implantem um tipo único, e reajustes nos trens que já circulam, será atingido um transporte coletivo de qualidade para a população, que integre várias regiões e descarregue as rodovias. Por outro lado, a mídia em conjunto com a população deve construir projetos que transformem os transportes individuais em grupais pelo abrigo de passageiros com rotas comuns a partir do compartilhamento dessas últimas nas redes sociais, buscando diminuir, a curto prazo, o número de automóveis em circulação. Desse modo, a mobilidade urbana brasileira poderá progredir ao amenizar as consequências oriundas da utilização acerbada do transporte rodoviário.