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Enviada em: 27/04/2019

O início da industrialização no Brasil foi marcado por um crescimento das cidades e na concentração de pessoas. Em vista disso, a rapidez e o mal planejamento desse processo provocou o adensamento urbano (ocupação intensa e desordenada do espaço), o que ocasiona transtornos na mobilidade urbana. Desse modo, há grandes obstáculos em garantir o direito de ir e vir da população brasileira- o qual é assegurado em lei- sem que haja adversidades.  Primeiro, é importante salientar que a má organização do espaço compromete o deslocamento das pessoas. As migrações intensivas para grandes cidades, corroboram para a existência de dificuldades na locomoção nesses centros, e aumentando a necessidade de uma mobilidade de qualidade. No entanto, o encarecimento do preço das passagens e a precariedade dos transportes públicos, o qual provocou manifestações em junho de 2013 em São Paulo, desestimula o uso deles por parte da população, consequentemente, contribuindo para excessivos números de veículos particulares nas ruas agravando a situação. Com esse excesso há congestionamentos quilométricos, que agravam a poluição sonora e ambiental e proporcionam doenças, como o estresse.  Além disso, outro desafio é a falta de inclusão de indivíduos que são privados do acesso ao tráfego e serviços públicos. Na grande maioria dos locais não são adaptados para pessoas com deficiência, a inexistência dessas adaptações contribui para o estresse e até acidentes aos indivíduos dependentes de um sistema organizacional apropriado relacionado ao transporte. Ademais, a ausência de infraestruturas em bairros periféricos, os quais originários da má administração do espaço geográfico e formadores das favelas atualmente, colaboram para o processo de segregação social. Com isso, esses lugares sofrem com a péssimas condições de saneamento básico, segurança e atendimento médico, por conta da falta de investimento nesses lugares, e ainda por serem distantes dos polos comerciais há uma maior necessidade de enormes deslocamentos para trabalhar e estudar.  Fica evidente, portanto, é imprescindível garantir o direito de ir e vim da população brasileira, para uma melhor locomoção. Dessa maneira, o governo municipal em parceria com o público-privado, pode investir em novas frotas de ônibus e o barateamento das passagens certificando o conforto dos usuários, assim incentivando-os a usar o transporte coletivo contribuindo para diminuição dos congestionamentos e poluição. Como forma de incluir, criando calçadas seguindo as normas de acessibilidade e sinalização adequadas para todos tipos de deficiência e urbanização das periferias, diminuindo o tempo de para os deslocamentos melhorando a qualidade de vida dessas pessoas. Com isso, alcança-se o aproveitamento das cidades democraticamente priorizando o bem comum.