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Enviada em: 01/05/2019

A mobilidade urbana pode ser definida como todas as formas e meios que a população de uma metrópole usa para se locomover, de forma facilitada e eficaz. Além disso, a Lei 12.586/12 - conhecida como a Lei da Mobilidade Urbana -, obriga todos os centros urbanos com mais de vinte mil habitantes a tornar propício o uso de meios de transportes públicos, através da melhora dos mesmos e estabelecendo um preço adequado. No entanto, na conjuntura atual, o Brasil encara uma realidade contraditória aos pontos mencionados, uma vez que o trânsito acumula mais veículos pessoais do que a sua capacidade, causando, assim, um inchaço metropolitano e consequências diversas.    É imprescindível levar em conta as causas do aumento demasiado de veículos nas ruas das grandes cidades. Logo, ressalta-se a banalização, por parte do governo, com o transporte coletivo, onde o mesmo encara diversas dificuldades cotidianas, destacando-se a falta de um número adequado de veículos para atender grandes centros urbanos, bem como o tratamento precário dado aos mesmos. Outrossim, segundo o Denatran, em dez anos, a proporção de cidadãos por carro diminuiu de 7,4 para 4,4 habitantes por automóvel, evidenciando uma maior procura por veículos, por parte da população, a fim de evitar o uso de transportes públicos de má qualidade. Essa situação se destaca em São Paulo, onde as pessoas buscaram comprar veículos com placas com finais diferentes, com o intuito de não serem impedidas de transitarem, por conta do rodízio de placas instituído na cidade.    Vale também ressaltar as consequências de um centro urbano com uma frota de veículos demasiada e preocupante. Com grandes congestionamentos, é evidente o surgimento de diversos problemas ambientais, tal como o aumento de lixo automotivo, como pneus e peças, que serão jogados em rios e causarão uma piora ambiental a longo prazo. Atrelados a isso, destacam-se os problemas sociais a curto prazo, como a poluição sonora, a qual atrapalha o andamento e o dia a dia de hospitais e empresas. Somando-se a isso, destaca-se o acréscimo de estresse diário em motoristas que passam muitas horas presos em um trânsito desnecessário e de fácil solução, a qual é banalizada e ignorada. Esse tempo gasto, segundo o Ibope, chega a ser de quase 3 horas por dia, na capital paulistana.    Portanto, é necessária a procura por uma solução para essa problemática. Com o intuito de aumentar a escolha, por parte da população, por transportes públicos, é necessário que o Ministério da Infraestrutura aumente seus investimentos em ônibus e metrôs de grandes centros urbanos. Esse investimento seria de forma periódica, bem como a fiscalização por parte de agentes - e da população -, a fim de sinalizarem as necessidades de cada cenário. Esse investimento visaria a melhora da qualidade da mobilidade brasileira e a diminuição do uso de carros particulares que causam poluição.